O Parque Estadual do Cantão, no oeste do Tocantins, é atingido há três dias por enormes queimadas. O fogo já consumiu uma área equivalente a 10 mil campos de futebol. Nas cinzas, voluntários tentam evitar novos focos. Equipes do Naturatins e do Instituto Araguaia estão na região tentando controlar as chamas.

“Tem fogo por todo lado, nas fazendas, no cerrado, no entorno. Tá todo mundo engajado em apagar esses incêndios, mas nós não estamos dando conta. Nós precisamos de mais pessoas”, diz a presidente do Instituto Araguaia, Silvana Campello.

O Tocantins já registrou 7.941 focos de queimadas desde o começo do ano de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Grande parte delas, foi dentro de parques de proteção ambiental.

No entorno de Palmas, o fogo subiu a serra do Lajeado. Equipes do Exército foram chamadas para ajudar a Defesa Civil no combate. Mesmo com o monitoramento feito com aeronaves diariamente, a região arde há quase duas semanas. As chamas chegaram a áreas de difícil acesso e por isso o desafio é realizar o combate tanto do alto como em terra.

“Muito fogo é realmente provocado de forma proposital, e isso amplia e dificulta o combate, que a maioria das vezes ela espalha por terrenos de difícil acesso e isso dificulta tanto o acesso da tropa, de todos os brigadistas, quanto o combate propriamente dito, como nós vimos aqui”, afirma o Comandante do 22° Batalhão do Exército, coronel Carlos Gabriel Brusch.

No Tocantins, já são mais de cem dias sem chuva e o vento forte com o tempo seco ajudam o fogo a se espalhar pelo cerrado. “Se não vem em agosto, acaba vindo em setembro, e o que não é consumido em setembro acaba tendo prejuízo em outubro. Então é sempre uma situação que se agrava, quanto mais a frente da seca, pior são os incêndios”, afirma o diretor de biodiversidade do Naturatins, Warlley Carlos Rodrigues.

Foto: Reprodução/Instituto Araguaia

Fonte: G1 TO