
O inquérito que investiga o crime de feminicídio praticado contra uma mulher de 60 anos, ocorrido no dia 31 de agosto de 2024, em uma comunidade rural de Nova Olinda foi concluído pela Polícia Civil do Tocantins, por meio da 14ª Delegacia de Polícia de Nova Olinda. O autor do crime é o próprio companheiro de 50 anos da vítima, que submeteu a mulher a uma noite de tortura, culminando com a execução no início da manhã seguinte.
As investigações revelaram detalhes cruéis sobre o caso. De acordo com o depoimento do filho do casal, de apenas 8 anos, a mãe foi amarrada pelos pés e mãos a um portal na sala, onde permaneceu em pé durante toda a noite. O menino relatou ainda que, por volta das 4h ou 5h da manhã, o pai desamarrou a mulher e, enquanto ela estava sentada, efetuou um disparo de arma de fogo que atingiu sua mão, rosto e cabeça.
Além disso, o menino contou que o pai deu duas facadas na mãe e ainda colocou limão e fumo em sua boca. O laudo pericial confirmou que a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico provocado por disparo de arma de fogo. O corpo da vítima apresentava diversas perfurações na cabeça, face, pescoço, tórax e mão direita, sendo esta última caracterizada como lesão de defesa.
Logo após o crime, o homem foi visto dançando na rua e alegando que a esposa queria matá-lo. Em seguida, fugiu do local e, até o momento, encontra-se foragido. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que ele esteja escondido em alguma cidade do interior do Maranhão.
Com base nos elementos colhidos durante o inquérito, o homem foi indiciado por feminicídio triplamente majorado, com agravantes que incluem o crime ter sido cometido contra a mãe de uma criança, na presença de um descendente, e com extrema crueldade, caracterizada pela tortura.
De acordo com o delegado Fellipe Crivelado, responsável pelo caso, o trabalho de apuração foi essencial para esclarecer os fatos e garantir que o autor responda por seus atos. “Foi um crime de extrema violência, que chocou toda a comunidade. A vítima foi submetida a sessões de tortura, tudo isso na frente do filho do casal. A Polícia Civil não medirá esforços para localizar e prender o autor, que já se encontra com mandado de prisão em aberto”, afirmou.
O menino está sob cuidados de familiares e recebe acompanhamento psicológico por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). A Polícia Civil reforça o compromisso com o combate à violência contra a mulher e solicita que qualquer informação sobre o paradeiro de V.L.S. seja repassada, de forma anônima, por meio do Disque-Denúncia 197.
Fonte: Dicom Segurança Pública