Bancada solicitou criação de órgão para mulheres no TSE
Bancada solicitou criação de órgão para mulheres no TSE

Maju Cotrim

Após ampla articulação da bancada feminina, liderada pela deputada do Tocantins, Professora Dorinha o TSE acatou a sugestão e Instituiu a Comissão Gestora de Política de Gênero do Tribunal Superior Eleitoral (TSE Mulheres), vinculada à Presidência.

O Tribunal considerou a necessidade de se adotarem práticas que efetivem as ações afirmativas, no intuito de incrementar a voz ativa do gênero feminino, inclusive nos ambientes de tomada de decisões, fortalecendo, assim, valores e princípios de equidade de gênero.

A Comissão vai fomentar o desenvolvimento de ações educacionais, informacionais e de campanhas de conscientização além de estimular o desenvolvimento de redes de cooperação, que promovam a interlocução sobre o tema com outras instituições e com a sociedade; e incentivar a chegada da mensagem relativa à igualdade de gênero aos mais diversos públicos e segmentos da sociedade crianças, adolescentes, jovens e cidadãos em geral; mesários; partidos políticos; candidatos e ocupantes de cargos eletivos; instituições públicas e privadas; magistrados e servidores da Justiça Eleitoral; entre outros.

A deputada Dorinha avaliou que a criação é uma vitória. “Não é acabar com a cota de mulheres ou diminuir como se não fosse cumprida porque parece que é biológico a mulher não gostar de política mas precisa ter política de verdade e não de faz de conta e de uso do dinheiro da mulher. Uma grande vitória”, disse.

“Trabalhamos nessa mobilização ao longo de alguns meses, reunimos apoios de diversas instituições e apresentamos ao TSE uma série de argumentos que justificam a criação dessa Comissão. É uma conquista muito importante que pode mudar a realidade das mulheres dentro dos partidos políticos, pois terão mais apoio institucional para exigir que os partidos incentivem a candidatura de mulheres e façam a aplicação correta dos recursos”, afirmou Dorinha.

O trabalho do TSE Mulher tem como diretrizes: ampliar a visibilidade dos dados eleitorais e de outros dados estatísticos pertinentes; fomentar o desenvolvimento de ações educacionais, informacionais e de campanhas de conscientização; estimular o desenvolvimento de redes de cooperação, que promovam a interlocução sobre o tema com outras instituições e com a sociedade; incentivar a chegada da mensagem relativa à igualdade de gênero aos mais diversos públicos e segmentos da sociedade.

Leis eleitorais para mulheres

Atualmente a legislação garante os seguintes dispositivos para promover igualdade de gênero na ocupação de cargos eletivos: 5% do fundo partidário deve ser destinado a ações de promoção e difusão da participação de mulheres na política; 30% das vagas nas chapas eleitorais deve ser ocupada por candidatas mulheres; 30% do fundo eleitoral deve ser investido em candidaturas de mulheres e 30% do tempo de propaganda eleitoral para candidaturas proporcionais deve ser ocupado por mulheres.

https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/prt/2019/portaria-no-791-de-10-de-outubro-de-2019

Trocando em Miúdos

Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!

Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!