Cinthia Ribeiro
Cinthia Ribeiro

Maju Cotrim

A Prefeitura de Palmas divulgou no Diário Oficial a contratação da empresa Antônio Fernandes Barros Lima Júnior Ltda, pela Prefeitura de Palmas, sem licitação, no valor de R$ 900 mil diante da calamidade por causa do coronavírus.

A justificativa da prefeitura para a dispensa da licitação, conforme a publicação do Diário, é “para atender situação de emergência- Decreto Municipal nº 1.856/2020”.

Alguns vereadores e ainda o ex-prefeito Carlos Amastha questionaram a contratação. A Capital toma também outras medidas emergenciais na área da Saúde para conter o vírus.

A prefeita de Palmas, Cínthia Ribeiro foi no Twitter e falou sobre o assunto:“Lamento ter q parar o trabalho e desviar o foco das ações de urgência p responder distorções que tentam criar. Muito ajudaria se os “Youtubers do caos”, em seus confortáveis achismos e no ócio degenerativo, viessem dar plantão no COEs. Entenderiam rapidinho o desserviço que fazem”, disse.

Ela completou ainda: “Não tenho plano B, nem dupla cidadania. Só tenho 1 filho pequeno p criar e um ÚNICO CPF. Jamais coloria meu nome e minhas ações em cheque. Mandato passa, meu nome fica. Não cheguei na vida pública p coadunar com crime ou práticas ilícitas. Talvez isso incomode, bora trabalhar!l, afirmou.

A gestora ainda disse: “Jamais permitirei que utilizem da situação de PANDEMIA e calamidade para serem irresponsáveis com dinheiro público”, disse.

O TCE solicitou informações á prefeitura sobre a dispensa de licitação.

Veja a íntegra da da nota de esclarecimento da secretária de Comunicação, Ivonete Mota sobre o assunto.

Nota de Esclarecimento

Assim como os direitos sociais, econômicos e culturais, o direito à informação, que é o direito de cada indivíduo em informar, se informar e ser informado, é também um dos princípios fundamentais. Baseado nessa premissa, e levando em conta estado de calamidade em que se encontra o Brasil, o Tocantins e Palmas por causa do avanço do coronavírus, e;

Considerando que desde setembro de 2019 a Prefeitura de Palmas não possui uma agência de publicidade para atender as demandas de Publicidade de Utilidade Pública nos termos da Lei 12.232/2010, mas que está com processo licitatório em curso, se aproximando do resultado final, decidiu-se pela contratação emergencial de uma agência de publicidade, até que o processo licitatório seja concluído (Processo de Licitação nº 2019030096, concorrência pública 003/2019).

Pela norma jurídica, o próprio estado de emergência e posteriormente de calamidade pública, autoriza o poder público a fazer dispensa, nos termos da Lei 8.666/93, em situações em que a medida for necessária.

Com o avanço do coronavírus (Convid-19) e a necessidade de levar informações específicas dirigidas à população, em suporte às ações empreendidas pela área da Saúde, o contrato foi firmado. A Prefeitura de Palmas está à frente de várias ações de enfrentamento a esse estado em que nos encontramos, e isso requer uma comunicação mais planejada e assertiva.

Ressalta-se que o contrato é rigorosamente para atender demandas relacionadas à Saúde, sobretudo no que diz respeito às medidas que estão sendo adotadas pelo Município para proteger a população do coronavírus.

O prazo de 90 dias foi necessário para dar mais segurança jurídica às ações de comunicação pública, mas o contrato se encerra assim que a licitação for concluída, mesmo que esse prazo não tenha sido atingido.

Quanto ao valor, este é igualmente uma margem para fazer frente a todos às ações de Publicidade de Utilidade Pública, tais como criação, produção e veiculação de peças nos espaços adequados.

Vale destacar que o orçamento da área da Saúde municipal para fazer frente às ações de sua responsabilidade soma mais de R$ 26 milhões.

Em nome da verdade e do princípio constitucional da transparência e da responsabilidade com a coisa pública, esse esclarecimento se torna público a fim de dirimir possíveis dúvidas quanto às medidas ora tomadas.

Palmas, 23 de março de 2020

Ivonete Pereira Motta
Secretária de Comunicação

Trocando em Miúdos

Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!

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