Últimos dias em Palmas: Eduardo Siqueira entra com mais uma Aije contra Janad e cita até o governador que reage: “é desespero”

A coligação “Juntos Podemos Agir”, composta pelo Podemos, Agir, e PRTB, do candidato a prefeito Eduardo Siqueira Campos, entrou nesta segunda-feira (30/9) com uma nova Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a candidata à prefeitura de Palmas, Janad Valcari (PL) e seu vice Pedro Cardoso (Republicanos) com a acusação de suposto abuso de poder político. Dentre os pedidos, a ação pede a cassação da candidatura de Janad Valcari e do candidato a vice-prefeito, Pedro Cardoso.

Ajuizado na 29ª Zona Eleitoral de Palmas, o processo inclui como alvo, na forma de litisconsorte necessário, o governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos). A ação tem como base o artigo 22 da Lei Complementar nº 64/90, a lei das Inelegibilidades, que faculta a qualquer partido denunciar casos de abuso de poder nas eleições e a Resolução TSE nº 23.735/2024, que dispõe sobre os ilícitos eleitorais.

A coligação pede o reconhecimento da prática de suposto abuso de poder político por suposta coação de servidores públicos, suposta exoneração e assédio moral do funcionalismo e suposto abuso das forças de segurança pública na campanha e quer a instauração de processo disciplinar e ação penal, com julgamento final que os declare inelegíveis pelos próximos oito anos.

A AIJE também alega suposta coação de servidores públicos estaduais para participarem de eventos políticos em apoio à candidatura de Janad Valcari.

Outro ponto central da AIJE é a participação dos comandantes das forças de Segurança Pública do estado em atos de campanha de Janad Valcari.

A coligação também denuncia a exoneração e ameaça de exoneração de servidores comissionados que não se alinhassem à campanha de Janad Valcari.

A coligação solicita uma decisão liminar para determinar que os Secretários de Estado, Comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, e outros agentes públicos em cargos de chefia, como secretários executivos, superintendentes, diretores e gestores, sejam impedidos de praticar assédio eleitoral, sob pena de multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Também pedem a suspensão imediata de qualquer exoneração de servidores que não se alinhem politicamente à candidata, bem como a proibição de que agentes públicos continuem a coagir servidores.

No pedido final à Justiça Eleitoral, a coligação requer a declaração da inelegibilidade de Janad Valcari e seu vice pelo período de oito anos, além da aplicação de outras sanções cabíveis.

Governador rebate

Procurado pela Gazeta do Cerrado, o governador Wanderlei Barbosa comentou a Aije e garantiu que não houve em nenhum momento nada de irregular com relação a participação espontânea de servidores em eventos.

“Ninguém nunca recebeu nenhuma pressão nem repreensão. Isso me parece um desespero dos que ficam o tempo todo construindo dificuldades, acho isso um desespero”, opinou.

“Nenhuma agenda que os servidores participam foi no horário de expediente e sim no horário de liberdade que eles tem de decidir do que vão participar. O Processo no nosso governo é democrático”, defendeu.

O jurídico do governador vai se manifestar também de forma oficial.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Trocando em Miúdos

Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!

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