Foto: Getty Images
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Você sabia que o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo? Pois é, e o pior é que essa doença pode ser bem silenciosa – ou seja, muitas vezes as pessoas apenas a descobrem quando já está mais avançada.

O glaucoma surge em consequência do aumento da pressão intraocular e gera perda da visão pela destruição gradativa do nervo óptico, estrutura que conduz as imagens da retina ao cérebro. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia mais de 1,7 milhão de pessoas devem ter glaucoma no Brasil, com uma incidência que varia entre 1% e 2% na população geral, aumentando após os 40 anos e atingindo mais de 6% após os 70 anos.

O que é o glaucoma?

  • O glaucoma afeta 1,7 milhão de brasileiros e é uma das principais causas de cegueira irreversível no país.
  • A doença evolui de forma silenciosa e só apresenta sintomas perceptíveis quando já há danos significativos à visão.
  • O tipo mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto, que geralmente não causa dor nem vermelhidão nos olhos.
  • A perda de visão periférica é um dos primeiros sinais do glaucoma, mas aparece apenas em estágios avançados da doença.
  • Pessoas com mais de 40 anos, diabéticos, míopes e quem tem histórico familiar estão no grupo de risco para desenvolver glaucoma.

Glaucoma não tem sintomas na fase inicial

Primeiramente, como já mencionado, o glaucoma é uma doença silenciosa. “A única forma de sabermos se temos ou não é fazendo os exames, medindo a pressão ocular, fazendo uma fundoscopia, a avaliação do nervo óptico. Isso para poder, se tiver alguma alteração, pedir exames complementares”, diz o médico Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO).

Prevenção e tratamento

O glaucoma não tem cura. Por isso, sua prevenção e tratamento são ainda mais importantes.

A melhor maneira de se prevenir o glaucoma é indo ao médico regularmente. “A prevenção é feita em consultas oftalmológicas de rotina. Ela ocorre por meio de exames realizados no próprio consultório, como o do fundo de olho e de medição da pressão intraocular”, pontua Henrique Rocha. “Pessoas com histórico familiar de glaucoma, miopia alta, diabéticos e maiores de 40 anos precisam ter uma atenção redobrada”, completa.

Sobre o tratamento do glaucoma, ele é geralmente para a vida toda, pois a pressão intraocular precisa ser controlada continuamente para evitar danos ao nervo óptico. “Ele poderá incluir colírios, medicamentos, uso de laser e, por fim, em casos mais graves, a cirurgia. Contudo, ele é específico para cada caso e deve ter acompanhamento de um especialista”, destaca o oftalmologista.

Fonte: Metrópoles