Sim, acertar na combinação de cores da casa requer certo senso estético. Afinal, as tonalidades precisam dialogar entre si para deixar o ambiente harmonioso. Mas também não precisa ser um especialista no assunto. Bastam alguns cuidados básicos e um olhar mais apurado para encontrar as nuances que têm tudo a ver com o seu décor.

Pode até parecer desafiador em um primeiro momento, considerando-se os diversos tons e subtons que estão em jogo. Porém, como as cores são subjetivas, damos o truque certeiro logo de cara: comece escolhendo uma cor que combine com sua personalidade e estilo. Assim, o risco de você se cansar dela é mínimo.

Os demais segredos da combinação de cores você confere a seguir, em 7 dicas práticas e rápidas para um resultado de tirar o fôlego!

1. DEFINA UMA PALETA DE CORES PRINCIPAL

Apesar de óbvia, não dá para fugir desta dica. Até porque a paleta de cores é a grande responsável por guiar a decoração dos ambientes, com tons que se complementam de modo a garantir a harmonia do conjunto. Tanto é que, quando o assunto é combinação de cores, algumas paletas já se tornaram verdadeiros curingas, como o laranja com o azul e o amarelo com o roxo.

Para os mais discretos, o branco, e bege e, principalmente, o cinza, nunca saem de moda. Nesse caso, o mais comum é utilizar as cores neutras nos acabamentos principais da casa — como piso e paredes — combinando-as com tons vibrantes em pontos pontuais, como em algum móvel ou objeto de décor.

2. SIGA A REGRA DO 60-30-10

Quando for definir a paleta, fique atento à regra do 60-30-10, famosa no universo do design de interiores. Essa regra nada mais é do priorizar três cores específicas de uma paleta e utilizá-las conforme uma divisão que vai garantir a harmonia visual do conjunto.

A conta é simples e não tem erro: 60% de um tom dominante para piso e paredes, 30% de uma cor secundária para os móveis (um sofá, por exemplo) e 10% de uma cor vibrante para os acessórios, como tapetes ou almofadas.

3. EQUILIBRE AS TONALIDADES VERTICALMENTE

Outra regrinha básica indicada pelos designers é equilibrar as cores escolhidas de maneira vertical, o que significa ir do tom mais escuro para o mais claro verticalmente. Ou seja, do chão ao teto do cômodo. Na prática, seria como concentrar a cor mais escura no piso, utilizar os tons médios nas paredes e abusar das nuances mais claras no teto.

Os especialistas acreditam que isso traz mais harmonia para os ambientes por aproximá-los da natureza, fazendo a seguinte analogia: tom mais escuro (terra), tons médios (paisagem) e tom mais claro (céu). Faz sentido, não?

4. DIALOGUE A PALETA COM O ESTILO DE DECORAÇÃO

Quem é leigo na combinação de cores costuma acertar em cheio nessa regra sem nem se dar conta. Tanto é que, ao nos depararmos com uma decoração rústica, percebemos logo de cara os tons predominantes no décor: amarronzados, esverdeados e demais nuances típicas da natureza.

Já em uma decoração retrô ou vintage, a graça está em brincar com nuances pastéis combinadas com cores quentes. Elas podem predominar tanto em versão vibrante — como amarelo ouro e vermelho sangue — quanto em versão mais fosca, como o amarelo palha e o vermelho terracota.

Para os amantes do estilo minimalista a combinação curinga é o famoso black and white, o bom e velho preto no branco, que nunca tem erro. Já para quem opta por um estilo muito característico, como a decoração industrial, costuma combinar as típicas nuances acinzentadas com cores cítricas ou metálicas espalhadas pontualmente.

5. APOSTE NO CONTRASTE ENTRE CORES FRIAS E QUENTES

Esse truque também é um velho conhecido do design. Contrastar tons quentes e frios é o jeito mais prático para não errar na combinação de cores, desde que você respeite uma lógica simples: quanto mais clara for a nuance fria, mais vibrante deverá ser a nuance quente.

Isso é o que vai garantir o contraste máximo da composição, fazendo com que as tonalidades escolhidas saltem aos olhos no décor. Normalmente, utiliza-se a cor base para a parede ou piso e a cor vibrante no mobiliário ou peças decorativas.

Mas nada impede que você utilize o tom mais forte na parede, por exemplo. Nesse caso, concentre a cor em uma única parede do cômodo, de preferência a principal, assim você não corre o risco de cansar o olhar.

6. COMECE PELAS ÁREAS SOCIAIS DA RESIDÊNCIA

Living, sala de jantar e sala de TV costumam ser os primeiros ambientes da casa, por isso é uma boa ideia começar a combinação de cores por aí. Basta definir a paleta para essas áreas e, em seguida, puxar um subtom do grupo corredor adentro. Por exemplo: se você escolheu um sofá vermelho, diminua o tom e puxe uma nuance mais clara para os espaços mais reservados, como uma cadeira rosê no escritório.

Falando em áreas mais reservadas, prefira utilizar cores claras nos cômodos íntimos, principalmente nos dormitórios. E nem precisa ser necessariamente o branco, gelo ou bege. Nuances de azul e tons esverdeados, por exemplo, são perfeitos para dialogar com a atmosfera de relaxamento desses cômodos.

Voltando às áreas sociais da casa, aqui vai outra dica esperta: não instale o painel da TV diretamente sobre uma parede branca. Isso cria um excesso de luminosidade que pode atrapalhar o conforto visual na tela. Se você não abre mão da parede branca na sala, a dica é escolher um painel de TV bem mais escuro, como os amadeirados.

7. DÊ UM TOQUE DE COR AOS BANHEIROS E LAVABOS

Foi-se o tempo em que banheiros e lavabos deveriam ser necessariamente brancos. Ok, concordamos que o branco ajuda o cômodo a parecer maior e mais leve. Mas isso não impede que você dê um pouco de vida à área equilibrando leveza e sofisticação em doses certas. Dá para conseguir esse efeito simplesmente escolhendo um mármore mais vibrante para a bancada ou pastilhas coloridas dentro do box.

Já se você quiser ousar de vez, saiba que está liberado fazer uma decoração monocromática no banheiro, dispensando as cores neutras, é claro! Um lavabo todo decorado em tons de azul, esverdeado ou rosê fica muito charmoso, além de original.

Com essas dicas, acertar na combinação de cores da casa ficou bem fácil do que você imaginava, não é mesmo? Agora é só equilibrar as regras básicas com o seu próprio estilo e personalidade para escolher os tons perfeitos.

fonte: Blog do Cristiano Casa & Construção

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