O número de casos suspeitos de doença de Chagas em Araguaína chegou a 79. Até esta terça-feira (21), sete pessoas, todas da mesma família, tiveram o diagnóstico confirmado por exames e passam pelo tratamento. O surto foi causado pelo consumo de suco de bacaba contaminado com fezes ou urina do besouro barbeiro, transmissor da doença.
A bacaba vem de uma palmeira típica da região Amazônia. A que causou o problema em Araguaína foi colhida no assentamento Barra Bonita, na zona rural de Carmolândia.
“A gente sente a cabeça ruim, aquela coisa ruim por dentro, senti as minhas pernas, que eu estava inchada, pesada. Para andar, parecia que as pernas estavam grossas, pesadas para caminhas”, contou a aposentada Zilda Rocha.
Os sete pacientes que estão com diagnóstico confirmado ficaram alguns dias internados, mas receberam alta e continuam o tratamento em casa. Eles precisam tomar três comprimidos por dia por dois meses. A doença não tem cura, mas existem medicamentos para combater os sintomas.
Segundo a coordenadora técnica do CCZ, Ketren Gomes, a contaminação pode ser evitada com a higienização durante a manipulação e processamento da bacaba.
“Cuidado com a lavagem, aquecimento e principalmente a pasteurização, ou seja, realizar várias lavagens do alimento, com várias trocas de água e aquecer a mais de 45 graus para matar o protozoário”.
Quem apresentar algum sintoma da doença pode entrar em contato com o CCZ pelos telefones 0800 646 7020, 3411-7040 e 3411 7128.
Os sintomas mais comuns são: febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas.