
Um novo modelo de MacBook com foco no custo-benefício pode estar a caminho. Segundo rumores divulgados por veículos especializados em tecnologia, como Canaltech, MacMagazine e Oficina da Net, a Apple estaria desenvolvendo um notebook mais acessível, equipado com o chip A18 Pro, o mesmo que deve integrar a próxima geração do iPhone. A proposta do novo dispositivo seria atingir usuários que buscam um notebook para tarefas básicas, como navegação, consumo de conteúdo e edição de documentos.
A substituição dos tradicionais chips da linha M, usados nos MacBooks atuais, por um processador originalmente pensado para smartphones representa uma tentativa de cortar custos e tornar o produto mais competitivo em mercados nos quais os Chromebooks dominam, como o setor educacional.
Esta possível mudança de estratégia da Apple surge em um contexto de desaceleração do mercado de computadores pessoais. Segundo dados da consultoria IDC, o setor global de PCs teve uma queda de 14,8% nas vendas em 2023, somando 252 milhões de unidades comercializadas ao longo do ano.
No caso específico da Apple, a retração foi ainda mais expressiva: a empresa viu sua participação no mercado cair de 9,3% para 8,1%, com uma queda anual de 22,4% nas vendas de MacBooks.
O estudo da IDC foi realizado com base em levantamentos de vendas globais entre janeiro e dezembro de 2023, considerando remessas das principais fabricantes do setor. O relatório aponta que uma das causas da queda da Apple foi justamente o alto custo dos seus dispositivos, o que pode ter motivado a companhia a reconsiderar sua estratégia e ampliar sua presença em segmentos mais acessíveis.
Ainda sem confirmação oficial, o novo modelo deve chegar ao mercado no segundo semestre de 2025. A ideia seria oferecer uma alternativa intermediária entre o iPad e os modelos mais avançados de MacBook, mantendo o sistema macOS, mas com hardware mais econômico.
O chip A18 Pro, previsto para ser fabricado em litografia de 3 nanômetros, traria eficiência energética e desempenho suficientes para rotinas leves. Ao integrar o mesmo processador do futuro iPhone, a Apple daria mais um passo na unificação de sua arquitetura de chips, facilitando a integração entre dispositivos e otimizando custos de produção.
Embora o projeto ainda esteja envolto em especulações, ele representa uma possível inflexão da Apple em direção a um público que, até agora, permanecia à margem dos seus notebooks – consumidores que valorizam o ecossistema da marca, mas não têm interesse (ou orçamento) para investir em modelos mais caros. Se confirmado, o lançamento pode reposicionar o MacBook como um produto não apenas aspiracional, mas também acessível.