Maju Cotrim

A Câmara Federal começou 2020 com baixa na base de aliados políticos do governo estadual. O governador Mauro Carlesse sempre faz questão de agradecer nominalmente todos os integrantes da bancada nos eventos oficiais (inclusive os adversários), mas o fato é que atualmente a gestão tem mesmo para valer o apoio de apenas 1/3 dos parlamentares que atuam em Brasília.

No Senado, Irajá Abreu e a mãe, Kátia Abreu não são politicamente do mesmo lado da gestão estadual nem fazem defesas políticas. Kátia até que começou o ano passado sinalizando que poderia dar sustentação ao governo, mas tem feito várias críticas á gestão e é distante do Palácio.

O maior aliado do Palácio no Senado é o senador Eduardo Gomes, líder do Governo Bolsonaro e que está em alta em Brasília sendo cotado inclusive para ser ministro. Gomes foi o maior catalizador de recursos para o Tocantins e trouxe o Calha Norte e a Codevasf para o Estado, além de politicamente ser considerado “o pai” do empréstimo que está prestes a ser liberado. Além de ter trazido Bolsonaro ao Tocantins, Gomes conseguiu resolver pleitos urgentes do Estado.

Dentre os deputados federais os aliados do governo são Carlos Gaguim, do mesmo partido de Carlesse e cotado para virar secretário e coordenar a articulação política do Palácio, Eli Borges e Osires Damaso.

Eli e Damaso se relacionam bem com o Governo.

Distante da gestão estadual, mas próxima dos prefeitos está a deputada federal Professora Dorinha que comanda o Democratas no Tocantins e tem sido alvo das investidas de Gaguim para conseguir o comando do Democratas, o que, não acontecerá segundo líderes nacionais do DEM.

Mesmo sendo do mesmo partido de Carlesse, Dorinha foi isolada pelo governo, mas mantém sua atuação e prestígio nacional bem como com os prefeitos.

Célio Moura do PT, Dulce Miranda do MDB e Vicentinho Junior já eram oposição ao Palácio deste no ano passado. O mais novo aliado que o Palácio perdeu foi o deputado Tiago Dimas, filho do prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas e que já começou o ano na tribuna criticando a gestão após uma série de farpas entre seu pai e Carlesse.

Reuniões mensais

Ano passado Carlesse chegou a sugerir reuniões mensais para discutir demandas e prioridades do Estado. A agenda ficou definida após uma reunião no Palácio.

“Podemos conversar com toda a bancada ou com uma parte dos nossos parlamentares. O importante é a gente estar sempre debatendo os problemas e encontrando as soluções em conjunto”, afirmou o governador na ocasião.

Carlesse tem total disposição para se relacionar com a bancada e além disso seus aliados de primeira hora abrem muitas portas e ajudam o governo nos pleitos dos ministérios, avaliam os governistas.