
Maju Cotrim
O governo do Tocantins realizou um ato simbólico de comemoração aos 37 anos na Praça dos Girassóis. Em tempos de instabilidade e de transição não houve clima para festas nem maiores comemorações.
O evento teve a presença de poucos políticos. Estavam presentes Eduardo Siqueira Campos, prefeito de Palmas, junto com a primeira dama, Polyana Siqueira e secretários da gestão além do deputado estadual Eduardo Mantoan e ainda do senador Irajá, que não discursou.

Darci abre
O personagem histórico Darcy Coelho abriu os discursos e exaltou a história e relembrou como era a região. “O Estado vive momentos incomuns, desenvolvimento em todas as dimensões, instituições e perfeitamente e união, sociedade unida com tranquilidade social”, disse. Falou ainda de Siqueira Campos e do papel dele na criação. “Foi único, inteligente, persistente, extremamente dedicado, com coragem para tomar decisões e para enfrentar grandes obstáculos dos primeiros momentos”, disse.
O governador interino disse que não terá nenhuma ação na capital que não seja em parceria com a gestão municipal. “Temos que respeitar a capital e respeitar a história”, disse ao falar também da história de Siqueira Campos.
Ele agradeceu a presença de cinco prefeitos, de alguns pioneiros e em seguida falou do que considera as cinco frentes de desenvolvimento do Tocantins. Ele aproveitou para contar alguns aspectos de sua história pessoal. Laurez aproveitou para fazer críticas: “O órgão de extensão rural do Estado não será mais um comitê político”, acusou.
Ele defendeu o uso dos recursos federais para destinar para os produtores e defendeu a manutenção e construção de rodovias. “Vamos fazer uma gestão voltada para a industrialização”, prometeu.
“Temos que pensar numa gestão séria e podem estar certos que cada centavo que entrar será um tijolo na construção do Estado”, disse. Por várias vezes ele
prometeu ter zelo. “Vamos mudar a realidade do Estado não podemos ser lembrados no Brasil como um Estado cheio de problemas e de acusações. Não admito o Estado gastar R$ 20 milhões com jato e o cidadão não ter um ar condicionado para ter conforto num hospital”, chegou a dizer ao pedir ajuda para fiscalizar o Estado.
O momento alto do evento foi quando Eduardo Siqueira sancionou a lei que dá o nome de Siqueira á Avenida Teotônio Segurado ao lado inclusive de Raul Filho que estava no evento e que foi quem primeiro sugeriu a homenagem Ainda em 2009.
Eduardo Siqueira protagoniza com discurso
O prefeito de Palmas falou por mais de meia hora, fez uma viagem á história, falou do seu pai e dos legados. Ele falou que o espírito público é maior patrimônio de um político. Ele disse que fazia tempo que não podia usar a palavra no aniversário do Tocantins.
Eduardo destacou trajetórias como a de Darci Coelho, que estava presente. “Vossa excelência é um farol para que possamos seguir com honradez”, disse. Homenageou ainda a esposa Polyana e falou da popularidade dela e ainda da filha, Gabriela Siqueira Campos, secretária da Causa Animal da capital.
O prefeito fez uma viagem á história de sua família e disse que o sol brilhou em muitos momentos nestes 37 anos. Destacou a importância da obra humana no Estado.
“Sequer éramos chamados”
“Ficamos muitas vezes vendo palanques grandes e sequer éramos chamados para estar nele. Tentaram produzir peças em que se falasse do Estado e que não dessem a Siqueira na sua humildade aquilo que ele apenas mereceu. Ele não é maior que nenhum dos combatentes da criação do Tocantins”, lembrou Eduardo.
Avelino
O prefeito falou da contribuição de todos os ex governadores do Tocantins como Moisés Avelino e outros. “Esta ponte nos uniu, saiba em Vida que vossa excelência será lembrado como um homem íntegro, honrado e leal”, disse.
Reparo
“Quando não dizem que o Tocantins não tem um governador que termina um mandato… ele Siqueira Campos completou todos os mandatos, renunciar para ser candidato ao Senado ou para que alguém seja… “, disse ao falar da motivação do pai para ter renunciado em 2014.
Homenagens
Eduardo fez um pedido direto á Assembleia sobre homenagem ao pai. Ele lembrou quando em 2009 Raul Filho apresentou o projeto para que a Teotônio tivesse o nome de Siqueira Campos. “Meu pai tomado de emoção ao receber aquela carta me chamou á mesa o vi baixar os óculos, pedir um cartão e fazer uma resposta a vossa excelência”, disse a Raul que estava presente.Eduardo disse que o pai agradeceu a homenagem mas pediu naquela época que a implementação da mudança fosse para quem tivesse na cadeira de prefeito após ele partir. Eduardo sancionou a lei com a mudança essa semana após aprovação por unanimidade na Câmara de Palmas.
“É preciso ter grandeza e o sentimento dessa terra”, disse.
Sobre a homenagem, Eduardo disse que o pai fez alguns pedidos e um deles foi não mudar o nome de Palmas nem da Praça dos Girassóis e do Palácio. O gestor disse que o pai pediu para que ele lutasse para a manutenção do nome do Palácio Araguaia. “O Palácio é Araguaia, meu pai não gostava de nada que não casasse bem, sou grato aos deputados mas eu diria: voltem o Palácio Araguaia a ser o Palácio Araguaia”, pediu.
Ele sugeriu ainda o nome de Moisés Avelino na ponte de Luzimangues que também leva o nome de seu pai Siqueira. “Não há mal nenhum e nem fará ao povo tocantinense”, disse.
Eduardo Siqueira afirmou que a mudança na Avenida em Palmas não trará custos extras para os comerciantes e moradores.
“Farei minha parte a que me cabe, peço que nos permita que volte a ser Araguaia para não ficarmos nesse desconforto. O pedido está feito, não tenho autoridade nenhuma sobre o Palácio e que a Assembleia me permita apenas sugeri que aquele que uniu Paraíso a Palmas tenha sua nome na ponte”, disse.