O Tocantins não pode esperar: Wanderlei entra no modo retomada para conter os efeitos da instabilidade

Editorial | Maju Cotrim – Gazeta do Cerrado

O governador Wanderlei Barbosa corre contra o tempo. Não por vaidade política, tampouco por disputa narrativa, mas por uma razão que se impõe acima de qualquer governo: o Tocantins não pode esperar. Após três meses de instabilidade institucional, o Estado precisa retomar o ritmo, reconstruir a confiança e impedir que os efeitos desse período se convertam em prejuízos duradouros para a população.

A legitimidade do retorno de Wanderlei Barbosa é inequívoca. Cinco ministros do Supremo Tribunal Federal referendaram sua volta ao cargo, devolvendo ao Tocantins não apenas um governador, mas a previsibilidade mínima necessária para que a máquina pública volte a funcionar com normalidade. A partir daí, o tempo deixa de ser aliado e passa a ser o principal adversário.

Conforme apuração da Gazeta do Cerrado, Wanderlei tem plena consciência de que algumas situações precisarão ser reavaliadas. No entanto, há uma linha que o governo decidiu não cruzar: a da paralisia. O Tocantins não pode ficar refém de revisões intermináveis, disputas internas ou ajustes que atrasem a entrega de serviços essenciais. A diretriz é clara: retomar.

Retomar obras, retomar políticas públicas, retomar a confiança das pessoas. Confiança do servidor, do empresário, do trabalhador, de quem depende do Estado funcionando para seguir em frente. O próprio governador já sinalizou que não pretende olhar pelo retrovisor. Não há tempo para procurar pelo em ovo, nem para alimentar agendas menores diante de um cenário que exige ação rápida, firme e objetiva.

Os dados reforçam essa urgência. O Tocantins registrou queda nos índices de emprego, um reflexo direto de um ambiente de insegurança institucional que afeta investimentos, decisões empresariais e a dinâmica econômica. Se o Estado hesitar agora, o custo será social. E esse custo recai sempre sobre quem menos pode esperar.

O último ano de gestão não pode ser um ano de transição indefinida, muito menos de acomodação. A população é maior que qualquer governo, e é sob esse princípio que Wanderlei Barbosa parece orientar suas decisões neste momento. A retomada não é discurso: é métrica, é método e é necessidade.

O Tocantins já sentiu os efeitos da instabilidade. Não pode sentir mais. A ordem agora é trabalho, velocidade e assertividade. Governar, neste contexto, é compreender que cada dia conta e que o relógio do Estado não para para crises políticas. O Tocantins não espera. E o governo sabe disso.