
Nesta segunda-feira, 28, a Associação dos Servidores Públicos de Tecnologia da Informação e Comunicação no Estado do Tocantins (AsticTO) protocola na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins minuta de Projeto de Lei que tem por objetivo a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da área de Tecnologia da Informação, para possibilitar o alinhamento da carreira dos servidores públicos de TI ao cenário nacional, tomando como base um ESTUDO realizado sobre a situação desses profissionais do Quadro Geral do Estado do Tocantins.
Na ocasião o Presidente da Assembleia, o Deputado Estadual Antônio Andrade recebeu a classe, ouviu sobre a situação da área de tecnologia do Estado e principalmente dos Profissionais de TI e se mostrou preocupado e disposto a contribuir.
“Sou totalmente a favor dos servidores públicos. Reconheço sim, que área de tecnologia é o coração do Estado, sem vocês realmente nada funciona. Vamos viabilizar e articular com a Casa Civil e Governo o projeto proposto por vocês.”, ressaltando também que o projeto ao vir para a Assembleia terá o apoio da Casa.
A classe também reuniu-se com o deputado estadual Valdemar Júnior, que firmou compromisso em levar a causa ao Governador do Estado.
“Os apontamentos do estudo realmente são preocupantes. Vamos levar ao Governador para explicar a situação e discutir o Projeto”, disse Valdemar Júnior.
A relevância da proposta da criação de uma carreira própria é justificada, dentre outros motivos, pela crescente demanda tecnológica necessária ao atendimento dos serviços públicos ofertados à sociedade pelo Estado, e mesmo com a ajuda da terceirização ou contratação de empresas privadas de tecnologia, a oferta de serviços digitais pode ser fortemente prejudicada por falta de pessoal para fiscalizar, gerenciar e executar projetos de tecnologia.
“Soluções que sustentam programas de governos podem ser inviabilizadas por falta de profissionais de tecnologia da informação. São esses trabalhadores que fazem o planejamento, a coordenação da contratação, o acompanhamento, o controle, a supervisão, o desenvolvimento e a fiscalização das soluções de tecnologia do governo. Por meio dessas soluções são disponibilizados os serviços à população” pontua Afrânio Vilar, presidente da AsticTO.
Além de produzir soluções tecnológicas, é responsabilidade da TI projetar soluções para subsidiar aos gestores com informações estratégicas através da mineração de dados gerando conhecimento extremamente útil para investimentos em políticas públicas relevantes e alinhadas às necessidades da população.
O ponto crucial para a saída desses profissionais do setor público, principalmente o executivo estadual, é a alta remuneração do setor privado, principalmente durante a pandemia da COVID-19, e de outras esferas de governo, tornando-se muito mais vantajoso para a maioria destes trabalhadores. Diante desse aspecto e com base no estudo realizado, ambas as situações explicam os quase 20% de servidores de licença para interesses particulares (LIP) ou cedidos.
Recentemente a AsticTO levantou que cerca de 75% dos servidores fazem jornada dupla para complementar a renda, o que corrobora para apontar a vulnerabilidade do Estado, pois estes trabalhadores estão sendo atraídos para a iniciativa privada ou postos de trabalho que oferecem melhores salários, oportunidades, benefícios e condições de trabalho.
Assim, para promover a transformação digital, fomentar o avanço tecnológico e o aumento na produtividade do setor público, com entregas mais robustas de serviços à sociedade há a necessidade de investimento nos recursos humanos de Tecnologia para minimizar ou até mesmo evitar a evasão desses servidores para outros seguimentos e desta forma, manter os serviços essenciais a população.
Assessoria de Imprensa