O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (11), os resultados da Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2024. O levantamento apontou queda no valor da produção agrícola do Tocantins, que passou de R$ 15 bilhões, em 2023, para R$ 12,8 bilhões em 2024.
No cenário nacional, a retração também foi registrada: de R$ 814 bilhões em 2023 para R$ 783 bilhões no ano seguinte. Segundo o supervisor da pesquisa, Winicius Wagner, as adversidades climáticas provocadas pelo fenômeno El Niño foram determinantes para a redução.
“O El Niño prejudicou as culturas de verão em 2024, com estiagens prolongadas em regiões do Centro-Norte, Sudeste e parte do Paraná. Soja e milho foram as mais afetadas, tanto na produção quanto nos preços, o que impactou diretamente o valor total da produção agrícola”, explicou.
Apesar da queda, houve aumento na área destinada à agricultura. No total, o estado registrou 2,2 milhões de hectares colhidos e plantados entre lavouras temporárias e permanentes.
Arroz coloca Tocantins entre os maiores produtores do Brasil
O Tocantins se destacou no cultivo do arroz em casca, alcançando R$ 1,8 bilhão em valor de produção em 2024 — o terceiro maior resultado entre as unidades da Federação. Lagoa da Confusão foi o principal polo, somando R$ 1 bilhão e garantindo a terceira colocação nacional entre os municípios. Já Formoso do Araguaia ocupou a 16ª posição, com R$ 308 milhões.
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Soja lidera produção estadual
A soja manteve a liderança entre os produtos tocantinenses, responsável por R$ 7,4 bilhões do valor da produção em 2024. Campos Lindos (R$ 389 milhões), Porto Nacional (R$ 375 milhões) e Caseara (R$ 314 milhões) estiveram entre os principais produtores.
O milho ficou em segundo lugar no ranking estadual, com Campos Lindos (R$ 234 milhões), Porto Nacional (R$ 142 milhões) e Monte do Carmo (R$ 87,7 milhões) como destaques.
A mandioca também apresentou números expressivos, com R$ 507 milhões em valor de produção. Entre os municípios, Formoso do Araguaia (R$ 36 milhões), Pedro Afonso (R$ 23,7 milhões) e Guaraí (R$ 22,5 milhões) lideraram a colheita.
Fruticultura em crescimento
Na fruticultura, o abacaxi e a melancia ganharam destaque. O abacaxi alcançou quase R$ 225 milhões, colocando-se como o sétimo produto mais valioso do Tocantins. Os municípios de Pau D’Arco (R$ 42,8 milhões), Araguacema (R$ 41,2 milhões) e Miracema do Tocantins (R$ 30 milhões) foram os principais produtores.
A melancia, oitavo maior produto em valor, registrou R$ 110 milhões. Guaraí (R$ 27 milhões), Lagoa da Confusão e Cristalândia (ambos com R$ 15,1 milhões) figuraram entre os maiores produtores.
