Equipe Gazeta do Cerrado

Muitos hospitais regionais estão sem médicos e outros servidores da área da Saúde, desde a extinção de mais de 15 mil contratos temporários por parte do governo.

Em Porto Nacional houve transtornos e em Dianópolis também. O Sindicato dos Médicos chegou a se manifestar sobre o assunto.

O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO) repudiou a extinção dos contratos temporários por parte do Governo do Estado.

A entidade considerou a dispensa como desordenada e informou que 629 médicos também foram demitidos, o que prejudicou a assistência de urgência e emergência à população. “A medida demonstra a irresponsabilidade do governo Carlesse com o atendimento da população”, disse a entidade em nota.

Sesau

A secretaria de Saúde se manifestou sobre a situação através de nota e nega que alguém ficou sem ser atendido.

“A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que nenhum paciente deixou de ser atendido nas Unidades Hospitalares do Tocantins e que nenhum tipo de transtorno foi causado à população . A Secretaria ressalta que a saúde é um serviço essencial para a população e todos os esforços estão sendo feitos para que os atendimentos sejam regularizados nesta quinta-feira “, disse.

Veja íntegra do Sindicato dos Médicos sobre a situação:

Leia abaixo a íntegra da nota:

“O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO) repudia a extinção desordenada de contratos temporários da área da saúde, incluindo de 629 médicos, em atuação nos hospitais no primeiro dia da gestão de Mauro Carlesse.

A medida demonstra a irresponsabilidade do governo Carlesse com o atendimento da população, que depende desses médicos que estão na assistência de urgência e emergência.

Não poderia haver outro ato de uma gestão que se recusar a realizar concurso para suprir a carência de médicos e segue a prática de contratar e descontratar aleatoriamente para burlar sistematicamente os direitos trabalhistas e lesar mais uma vez o trabalhador da saúde.

A negligência com a saúde é tão clara que o governo Mauro Carlesse possuía comissões dedicadas à análise de problemas e apresentar soluções para os recursos humanos e mesmo assim não apresentou nenhum plano para que o atendimento nos hospitais, que depende desses profissionais, não sofresse descontinuidade.

O SIMED-TO entende que a nefasta medida, sob argumento de reenquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal, deixa os servidores sem vínculos trabalhistas e, portanto, eticamente amparados para não cumprir qualquer carga horária eventualmente já fixada nas atuais escalas.

A entidade cobra da gestão uma solução imediata para não prejudicar ainda mais a população tocantinense que, mais uma vez, é a principal vítima dessa gestão instável e inoperante para encontrar soluções definitivas para uma área tão desgastada e fragilizada.”