Pequi – Foto – Deny Oliver
Lucas Eurilio
Chegou a época da Colheita do Pequi e os tocantinenses até madrugam para conseguir pegar os frutos.. Porque nesse período tão aguardado é ‘Cada um si por si e Deus por todos” no quesito correr pra ‘catar pequi’.
Conhecido por seu sabor forte e característico e seu cheiro recende casas inteiras, mas você sabia que além de degustar essa ‘iguaria’ do Cerrado Brasileiro, o pequi pode ser usado desde a casca para fazer farinha até uma amêndoa que é encontrada no interior do caroço.
O Pequizeiro é a árvore do pequi e é protegida por Lei Federal desde 1992 no Brasil.
A nutricionista Ludmilla Moreira explicou que o pequi é conhecido por vários outros nomes de acordo com cada região e que apesar de ser pouco conhecida, a amêndoa é bastante saborosa.
“O pequi é também conhecido por pequizeiro, piqui e pequiá. As amêndoas, que são as sementes do pequi, apesar de pouco conhecidas também são comestíveis. A época de produção dos frutos é de meados de outubro e novembro a janeiro em algumas regiões. Além de saboroso e versátil, é muito nutritivo. No uso popular, chás com as folhas do pequizeiro são utilizados para rouquidão, cremes e óleos para pequenos ferimentos, dores musculares e contusões”, explicou.
Ainda sobre o uso do fruto, a nutricionista explicou que podem ser extraídos ainda dois tipos de óleo do pequi.
“Do pequi também se extraem dois tipos de óleo: um a partir da polpa, considerado como verdadeiro substituto da banha e do toucinho; e outro extraído da amêndoa, utilizado no preparo de cosméticos, por ser delicado e perfumado” disse.
Ludmilla disse ainda que o pequi pode ajudar a prevenir várias doenças, inclusive cardiovaculares e o câncer. Além de ser mais rico em vitamina C do que a laranja por exemplo e diversas outras frutas.
“O pequi é fonte de lipídeos (com prevalência de gorduras monoinsaturadas), carboidratos, proteínas, fibra alimentar, vitaminas e minerais, tais como vitaminas A, C, E e vitaminas do complexo B, fósforo, cálcio e ferro. Possui potentes propriedades antioxidantes pela presença de compostos bioativos, carotenoides que influenciam na cor amarela do fruto, compostos fenólicos, com a capacidade de sequestrar radicais livres, prevenir doenças inflamatórias e doenças crônicas não transmissíveis, como a diabetes, a hipertensão, doenças cardiovasculares, aterosclerose e câncer. É importante para o sistema imunológico, para a visão e para a pele, em função da presença de vitamina A. Ajuda a reduzir e a controlar os níveis de colesterol (LDL) e triglicerídeos, em função dos ácidos graxos monoinsaturados. A polpa de pequi contém de 70,9 mg/100 g a 105 mg/100 g de vitamina C, valores acima dos da laranja, da goiaba, da banana-d’água e da maçã argentina, sendo o valor máximo superior ao suco de limão”, finalizou.