
Projeto realizado na Aldeia Água Branca do povo Krahô capacita jovens indígenas em audiovisual e estimula o registro contemporâneo da cultura ancestral.
Fortalecimento cultural por meio do cinema
A oficina Cinema dos Povos chegou à Aldeia Água Branca com a proposta de empoderar as comunidades indígenas por meio da linguagem audiovisual. Realizado com recursos do Edital PNAB Nº 31/2024 – Culturas Indígenas, o projeto é realizado plea Associação Indígena Pohi (A.I.P.), em parceria com o Circulus – Instituto de Economia Criativa e a RAKA Comunicações, sob a coordenação do antropólogo e cineasta Marco Aurélio Jacob, também sócio-fundador da Gazeta do Cerrado.
Uma geração indígena de cineastas
Inspirado no legado do projeto Vídeo nas Aldeias, idealizado por Vincent Carelli, Cinema dos Povos visa incentivar uma nova geração de realizadores indígenas no Tocantins, que possam narrar suas próprias histórias sob suas perspectivas culturais e identitárias.
“Esta oficina é um grande passo para os povos originários, pois irá despertar o senso criativo de contar histórias através do cinema e permitir que os alunos e os povos que participaram das oficinas se tornem independentes para captar e mostrar suas próprias histórias ao mundo”, destaca Jacob.

Teoria, prática e autonomia técnica
Durante três dias de imersão, os participantes exploraram conceitos da sétima arte, diferenças entre vídeo e cinema, composição de equipe, operação de equipamentos e técnicas narrativas. A oficina também contemplou a entrega de um kit básico de audiovisual, que ficará na aldeia para garantir autonomia na produção de futuros filmes.
Cultura viva registrada por quem a vive
A proposta reafirma o audiovisual como uma ferramenta estratégica de resistência cultural, visibilidade e transformação social. Com este projeto, o Tocantins começa a construir uma trajetória própria de cinema indígena, semeando o futuro com raízes profundas na ancestralidade.
