Uma denúncia grave chega do sudeste do Tocantins a nossa equipe: Crateras enormes estão surgindo em diversos pontos da serra geral e ainda sendo usada para descartes de embalagens de agrotóxicos, adubos e até pneus velhos, aparentemente descendo para as nascentes da bacia do Rio Palma, entre os municípios de Taguatinga, Aurora e Lavandeira.
A apuração é do veículo local parceiro da Gazeta, Tribuna do Interior. O levantamento foi feito pelo jornalista experiente e nativo da região Rodrigues de Souza.
A secretária municipal de Turismo e Meio Ambiente de Lavandeira enviou uma equipe de observadores com drones e captaram as imagens surpreendentes da situação da serra, sobre tudo acima da cabeceira do Rio Palma entre os municípios de Aurora do Tocantins e do Riacho Bartolomeu, afluente da bacia do Rio Palma na região do Mosquito, onde mora dezenas de ribeirinhos no lado tocantinense abaixo da serra.
Veja fotos exclusivas:
segundo a secretária municipal Conceição das Dores, o município também já acionou o IBAMA para que este tome as devidas providencias e que foi informada de que a fazenda Guarany está embargada pelos desastres do ano passado e falta de lincenças da area degradada nas margens da serra geral.
No início de 2022 uma avalanche de lamas envenenadas desceu de ladeira abaixo originada na fazenda Guarany, inundou e destruiu por um ano o mesmo riacho de nome Bartolomeu gerando enormes prejuízos aos proprietárias rurais e donos de atrativos turísticos no circuito turisticos das Serras Gerais, gerando prejuízos irreparáveis, que até hoje não foi compensado pelo responsável pelo desastre cometido pela mega Fazenda Guarany.
Esse ano já no início das chuvas já é possível ver as avalanches acontecer e eminentes prejuízos acontecendo novamente.
Um cidadão produtor rural que visitou a fazenda Guarany afirmou que recentemente foi a fazenda para adquirir insumos para ração animal e alertou o responsável pela fazenda, sobre o eminente perigo de novamente causar outras destruições, e ele ironizou respondendo que não estava nem aí para quem estava lá embaixo da serra.
A Associação Amigos do Meio Ambiente das Serras Gerais (ONG Voz Ambiental) acionou na manhã desta quarta-feira 1ª de novembro os órgãos ambientais, estadual e federal (secretárias de Meio Ambiente, Ibama, Naturatins e o Ministério Público Ambiental e PF) para que se unam e sejam tomadas as providências para evitar outra barbárie ambiental, causada pela ação gananciosa do capitalismo selvagem.
O presidente da ONG Voz Ambiental jornalista Rodrigues di Sousa, parceiro da Gazeta, recebeu no início da noite desta quarta-feira 1ª, do secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) Marcelo Lelis, a garantia de que as providências já estão sendo tomadas imediatamente, para sobrevoar a região do alto da serra e identificar, notificar, acionar e se possível punir, os responsáveis pela destruição da mata ciliar da encosta da Serra Geral.
A reportagem tentou contato com os proprietários das fazendas até o fechamento desta edição, mas não conseguiu. O espaço continua aberto aos fazendeiros envolvidos, caso queiram manifestar.
A Gazeta acionou todos os órgãos ambientais cobrando uma posição sobre a situação.