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ESPECIAL 35 ANOS: Marcelo Miranda relembra seus governos, fala de futuro político, homenageia pai e admite: “a Planície tem nos ensinado bastante”

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O ex-governador Marcelo Miranda também concedeu entrevista à Gazeta do Cerrado no Especial 35 anos.

Ele falou dos desafios e relembrou aspectos de suas gestões que foram interrompidas duas vezes por cassações.

“Rogo a Deus e parabenizo todos que confiaram, que deram oportunidades e está aqui, o grande estado, hoje um estado que nos orgulha bastante, nos orgulham bastante saber que aqui nós criamos nossos filhos, hoje criamos os netos, bisnetos e formamos uma família tocantinense com muito carinho, com muito amor, com muita dedicação. Esse é o estado dos sonhos de todos aqueles que entendiam que estava na hora. De deixarmos o norte de Goiás se desmerecer os goianês, os goiâniais e formatar e realizar o sonho secular da criação do nosso estado. Portanto eu quero saudá-lo, saudar todos os nossos irmãos, irmãs tocantinenses, brasileiros e todos aqueles que acreditaram no nosso país, acreditam no nosso estado. Nos seus 35 anos de Tocantins. Você me pergunta qual foi o ponto forte do seu governo na sua opinião. Eu tive a oportunidade de ser deputado estadual por três mandatos e o último mandato como presidente da Assembleia de 1998 a 2002. Quando fui chamado, convocado, convidado para uma campanha que se tornou uma campanha. Venha vitoriosa para o governo do estado para suceder o então governador, hoje em memória, José Wilson Siqueira Campos. Fomos vencedores. E quando você pergunta qual foi o ponto forte do seu governo na sua opinião, eu posso dizer que nos três governos que eu tive oportunidade de governar de 2003 a 2006, de 2006 a 2010 e 2014 a 2018, o ponto central foi a humanização do nosso governo, governo democrático, humano, onde nós procuramos restabelecer a identidade”, disse.

Ele afirmou em seguida: “Dos nossos irmãos tocantinenses, fizemos muitas obras, obras físicas, mas a mais importante era a obra humana. Mas eu destaco que na área educacional recebemos vários prêmios, como se diz, demos aos servidores públicos o que eles mereciam nas suas atividades fins. Investimos muito na capacitação de professores, demos oportunidade aos próprios alunos de conhecerem uma parte do Brasil, uma parte do mundo. Na área que mais me sensibilizava, na área da habitação, onde você entregar uma chave para uma família, ali para mim valeu o dia, o mês, o ano”, pontuou.

Ele relembrou aspectos de sua gestão: “No setor habitacional, investimos bastante, no setor saúde, na área da saúde, investimos dentro do possível, nas construções e também no ser humano, tanto os profissionais da área da saúde, como também ao recebermos, nos credenciarmos para recebermos aqueles pacientes que nos procuravam. E olha que foram milhares e milhares de vidas salvas e outras aquelas que Deus chamou mais cedo. Então, na segurança pública, procuramos investir no cidadão, no homem da segurança pública, tanto na polícia militar como na polícia civil, com custos e mais custos, dando a eles as credenciais para que pudessem ter uma remuneração digna, como fizemos em todos os setores da administração pública. Conheça educação. Saúde, segurança pública, nosso estado muito rico na agricultura, na pecuária e com isso o agronegócio do Tocantins se fortaleceu para o nosso país e para o mundo. Deixamos só de importar para serem exportadores de matéria-prima, área de turismo, investimentos. Enfim, fizemos muito, mas o que mais me deixou também feliz foi na área de infraestrutura. Olha o que o nosso estado, como o nosso estado cresceu em termos de infraestrutura, de pavimentação, de investimentos em pontes, em bueiros. Enfim, tantas coisas boas que nós fizemos no estado que foi se somando aos governos anteriores à minha, ao Moisés Avelino, ao Siqueira Campos e depois aos outros governadores que nos sustentam. Cederam, deram continuidade. Então, eu vejo que nós, de todas as áreas, investimos bastante e investimos muito no servidor público. O servidor público é que sempre tocou a máquina. Então foi para mim um momento muito importante, certo, do nosso governo, dos nossos governos em si. Quando você me pergunta o que foi mais difícil, foi enfrentar as adversidades. Sempre me dei bem com os segmentos organizados da sociedade, com os poderes constituídos, nunca tive dificuldade de diálogo, mas as adversidades de uma administração pública são em correntes alguns realmente resultados negativos, mas que tudo superável, tudo superável. Eu não tenho rancor, não tenho mágoa, eu prefiro dizer o seguinte. O que eu procurei fazer juntamente com a minha esposa, ex-deputada federal Dulce Miranda, com os demais integrantes da nossa equipe, dos três governos, que me deram a honra de participar comigo, procuramos fazer a nossa parte, sem poder que alguém dissesse que nós lesamos alguém ao Estado. Não. Procuramos fazer sempre o correto. E quando algo estava saindo dos trilhos, nós tínhamos sempre o Tribunal de Contas para nos auxiliar, e os órgãos afins para que nos desse sustentação, para que nós não incorrêssemos em erros permanentes. O maior desafio para um governante é saber o porquê que ele chegou ali e o porquê que ele teria novos desafios pela frente. Isso sim”, comentou.

“Estou com a consciência tranquila, serena e eu que tive a oportunidade de governar estado por três vezes, é porque algo nós fizemos juntos com a comunidade, a quem eu devo gratidão a mais de um milhão de pessoas que me deram a oportunidade de governar estado por três vezes, então os maiores desafios era saber que todos os dias nós tínhamos obrigações para que pudesse chegar em Valeu a pena estar à frente de um governo onde os resultados estão sendo positivos então vários desafios nós enfrentamos, enfrentamos sim barreiras como eu disse mais superáveis”, pontuou.

Questionado sobre qual conselho daria para o governador Wanderlei ele afirmou: “Primeiro eu quero parabenizá-lo ao governador pelo trabalho que veio fazendo, eu acho que o Wanderlei conseguiu e com muita humildade dizer que eu também procurei fazer junto a comunidade mostrar para a comunidade. Que o nosso governo era um governo que olhava para frente, pensando na nossa comunidade. E o governador Wanderlei tem procurado fazer isso também. Ele, que é um jovem dinâmico, que já teve vários mandatos de vereador, de deputado estadual, na nossa capital, em Porto Nacional, deputado estadual, vice-governador, e agora governador eleito pela vontade popular. Então, o que eu desejo para o Wanderlei é que ele continue fazendo o trabalho que vem fazendo, olhando sempre ao próximo, dando oportunidades. O Estado é um Estado que só tem crescido, quer dizer, nós temos um desemprego baixo, ainda um pouco baixo, graças a Deus, temos muito o que oferecer, temos os desafios das nossas, o maior desafio que é a industrialização do Estado, mas nós já temos aí preparado uma ferrovia pronta. Norte-sul, temos um rio que depende, é lógico, temos as usinas hidroelétricas, exportamos energia, mas nos faltou as reclusas para que o rio se tornasse totalmente navegável, mas ele é navegável em algumas regiões, então eu creio que o governador Wanderlei, como o vice-governador Laurez, os demais integrantes do poder legislativo, judiciário, enfim, todos os segmentos organizados da sociedade têm que se dar as mãos para que o Estado continue a crescer. O meu conselho maior é não deixar de lado da valorização do ser humano. Esse é o maior credencial para um governante”, analisou.

E agora?

Após derrota nas urnas para deputado estadual ano passado ele comentou o que pensa de seu futuro político. “Tem sido uma experiência valorosa. Eu tive praticamente 22 anos de mandato, a minha mulher teve 8 anos de mandato. Como deputada federal, o meu pai teve 16 anos de mandato na época de Goiás, então nós tivemos a oportunidade de dar a nossa contribuição. Agora sem mandato, estamos na planície, tem o Planalto e a Planície, mas a Planície tem nos ensinado bastante, porque o que nós plantamos, a gente vem colhendo durante esses anos todos na vida pública. Graças a Deus, temos os nossos filhos criados, formados, formados em boas faculdades, sem desmerecer as faculdades que pessoas que não tiveram o sucesso de ter os nossos filhos tiveram, certo? Eu tenho hoje um filho médico, uma filha advogada, e tenho o carinho da família e o carinho dos bons amigos e os bons companheiros. Então eu creio que a vida pública nos ensina bastante”, comentou.

35 anos

“Mas a vida, a nossa vida fora um mandato eletivo, não tendo um mandato eletivo, você volta também a entender a importância que você foi, quando deputado, quando governador, mas a importância de estar ao lado hoje da sua família, dos seus amigos, e voltar a ser o esposo, o marido, o pai, o filho. Então eu quero, para encerrar, dizer o seguinte, que tudo isso nós devemos a Deus, mas eu quero, nesses 35 anos, não deixar de homenagear o meu velho e saudoso pai, Brito Miranda. A ele eu devo tudo, praticamente tudo. A ele, o meu companheiro, o meu confidente, o meu grande amigo de verdade. Então eu ouso saudá-lo, mesmo em memória. Eu agradeço de coração, meu querido pai. Pai. E, claro, a minha querida mãe, que ainda está viva, que nos seus 81 anos de idade, com 81 anos, com muito vigor, com muita vontade de continuar vivendo. E é isso que nós temos que agradecer à família, um todo, e agradecer a vocês, que nos oportunizam falar um pouco do que a gente pensa”, pontuou.

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