Rogério Tortola – Gazeta do Cerrado

Amigos, familiares, colegas de trabalho, de prática esportiva e muitas pessoas que não conheciam a professora e triatleta Ludimila Barbosa de Oliveira, 40 anos, lotaram a Casa de Maria para o último adeus e muitas homenagens.

As colegas de trabalho do Centro de Educação Infantil do Município – CEMEI João e Maria, vestiam camisetas com a foto da professora como princesa Frozen e a com a seguinte frase, “Nossa eterna Frozen”.

Velório aconteceu na Casa de Maria até às 21h – Foto – Rogério Tortola

A coordenadora CEMEI onde Ludmila trabalhava, Lilian Patrícia, não conseguiu segurar as lágrimas durante a entrevista, ela descreveu Ludimila como uma pessoa suave e querida por todos.

“Éramos muito próximas, estávamos juntas todos os dias, de segunda a sexta. Ela era apaixonada pelo esporte, sempre me incentivou. Era muito querida dentro da unidade, vai fazer muita falta, como amiga e profissional”, disse emocionada Lilian.

O diretor Junior Batista, conhecia Ludimila há oito anos e tinha uma relação muito forte de amizade. Ele descreve a colega como uma pessoa sonhadora que agregava. A cidade esta comovida por três motivos segundo ele.

“Primeiro por ser atleta, hoje os únicos ídolos que nós temos são do esporte, segundo a fatalidade, a gente sabe que o rapaz (piloto) não teve culpa e terceiro porque ela era da educação, tinha vivência com as crianças, isso mexe com a sociedade”, ponderou o colega.

Para ele fica uma lição, “nós precisamos viver o hoje, a vida é passageira”, destaca Junior.
Além da igreja lotada que é uma grande homenagem, também foi possível ver outras demonstrações de carinho, como as das amigas de triatlo que preferiram não dar entrevistas. Nas costas das camisetas elas traziam a seguinte frase, “ Ludi – Trininho Forever”.

Corpo será levado para Brasilia – Foto – Rogério Tortola

As condições em que o acidente aconteceu ainda vão ser investigadas e num momento de tanta comoção as pessoas preferem não falar sobre o assunto, mesmo assim o presidente da Federação Tocantinense de Triatlo, Sérgio Henrique Moraes, conversou com a equipe da Gazeta do Cerrado.

Ele estava comovido assim como todos e disse ter recebido o acontecimento como um murro no estômago.

Questionado sobre as condições em que a prova foi realizada, ele preferiu não falar, pois não estava presente, porém destacou que uma ação pode ser feita, com foco na segurança.

“Depois que passar este momento, vamos tentar fazer um workshop, chamar Marinha, Bombeiros, a Federação de Natação, Ciclismo e Trialto, treinadores e atletas para rever os protocolos de segurança. A gente tem que prever, antever e tentar ao máximo reduzir riscos”, destacou o Sérgio.

Diante de uma tragédia tão grande Padre Eduardo Zanon, fez uma reflexão que pode ajudar.

“Para nós cristãos a vida é uma passagem, por mais tenha sido uma tragédia devemos acreditar que ela está na graça de Deus”, podera o Padre.

O corpo segue sendo velado até ás 21h e depois segue para Brasília, onde vai ser sepultado. Ludimila era casa e deixa um casal de filhos.

Triatleta morreu após acidente no lago de Palmas – Divulgação