Tocantins

Tocantinenses recorrem à Justiça em busca de emissão de passagens suspensas pela 123milhas

Avião - Foto: Divulgação
Avião - Foto: Divulgação

Dezenas de consumidores no Tocantins estão recorrendo ao sistema judiciário para garantir a emissão das passagens que foram abruptamente suspensas pela empresa 123milhas. Em diversas instâncias, os juízes têm decidido a favor dos consumidores, determinando a emissão das passagens ou bloqueando fundos da empresa, além de aplicar multas em caso de descumprimento.

Desde a suspensão da emissão de passagens, a 123milhas tem oferecido vouchers acrescidos de correção monetária como alternativa para os clientes afetados.

Para os consumidores, a dificuldade reside no fato de que a aquisição de novas passagens de última hora implica em gastos consideravelmente maiores do que o valor inicialmente pago. O Procon Tocantins já notificou a empresa, buscando a oferta de outras modalidades de reembolso aos clientes prejudicados.

Uma investigação do Jornal do Tocantins revelou que, desde a semana passada, 34 ações judiciais foram instauradas por consumidores. Pelo menos sete destas ações resultaram em decisões liminares que compeliram a empresa a emitir os bilhetes aéreos.

Um dos casos reportados diz respeito a um casal que adquiriu um pacote de lua de mel para Buenos Aires, com viagem prevista para setembro. Neste processo, a 3ª Vara Cível de Palmas determinou a emissão das passagens até 8 de setembro, sob pena de multa diária no valor de R$ 2 mil, com teto de R$ 30 mil.

Outro exemplo envolve um casal de Guaraí que havia adquirido quatro passagens para Nova York, também para o mês de outubro. Nesse caso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 12.103 nas contas da empresa. Além disso, o casal requer uma indenização de R$ 20 mil por danos morais, cuja análise está pendente. Essa determinação partiu do Juizado Especial Cível de Guaraí.

Entenda

A suspensão repentina das emissões de passagens e venda de pacotes promocionais da linha “Promo” pela 123milhas causou impactos em todo o país. Passageiros com embarques previstos entre setembro e dezembro enfrentaram a devolução do dinheiro por meio de vouchers. Essa conjuntura tem levado muitos a procurarem agências de viagens tradicionais, contudo, a questão dos preços torna-se um desafio, visto que a aquisição de última hora resulta em custos mais elevados.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins