Foto – Marco Aurélio Jacob
Equipe Gazeta do Cerrado
A Gazeta do Cerrado acompanha o Ritual fim de luto de grande líder Krahô que marca grande cerimônia festiva. O cineasta e publicitário Marco Aurélio Jacob está no local e faz todos ao registros que serão mostrados em material especial.
Indígenas da Aldeia Manoel Alves, em Itacajá participam do ritual de final de luto do líder Getúlio Kruwakrai Krahô.
O rito é uma cerimônia em homenagem a um dos seus maiores líderes contemporâneos que morreu em 2022. Getúlio era conhecido como Guardião das Sementes do Brasil e foi um dos fundadores da Associação União Aldeas Krahô, a qual esteve à frente entre os anos de 1993 a 2004.
Esse evento marca o fim do luto de um ano do falecimento do Seu Getúlio Krahô, neste período os familiares não podem participar de eventos como festas, ou casamento, não podem cortar o cabelo ou mesmo nomear (batizar) os filhos.
Para receber os familiares, é feito o Paparuto, um prato típico para eventos de alguns dos povos indígenas do Cerrado, onde uma massa de mandioca ralada é colocada sobre folhas de bananeira, recheadas com carne, desta fez fizeram dois, um com frango e outro com carne suína, para então der colocada uma nova camada de mandioca e coberta com folhas de bananeira, algumas pedras que já estavam quentes da fogueira em brasa, para então cobrir com folhas de outra palmeira e então cobertas por areia e terra.
A receita ficará cozinhando o prato por aproximadamente 12 horas e será servido logo antes da ultima corrida de tora que marcará a despedida final de Getúlio.
Neste caso, a tora, simboliza o corpo do próprio homenageado, honraria concedida apenas aos “embaixadores” da cultura Krahô.
Veja registros fotográficos inéditos e exclusivos da Gazeta:
Imagens: Marco Aurélio Jacob (@MarcoJacobBrasil)
Texto: Maju Cotrim e Marco Jacob