Pium

Boto encalhado é salvo por pescadores no rio Javaés no TO: VÍDEO

Sem tempo hábil para acionar autoridades, os homens decidiram agir por conta própria para salvar o mamífero aquático.

Vídeo mostra pescadores salvando boto encalhado em praia de Pium - Foto: Reprodução
Vídeo mostra pescadores salvando boto encalhado em praia de Pium - Foto: Reprodução

Dois pescadores protagonizaram um resgate emocionante no rio Javaés, em Pium, região centro-oeste do Tocantins. O boto, um animal típico da fauna amazônica, foi encontrado encalhado na areia da Praia da Sambaíba no último dia 17 de junho. Sem tempo hábil para acionar autoridades, os homens decidiram agir por conta própria para salvar o mamífero aquático.

Paulo Pereira Matos e seu cunhado Cleidivan Alves pescavam na região quando avistaram o animal encalhado em uma faixa de areia entre o porto Canguçu e a Praia da Sambaíba. O momento foi registrado pela esposa de Paulo, Poliana Maciel. No vídeo, os dois aparecem empurrando o animal com cuidado por mais de 50 metros até a parte funda do rio.

“Foi muito emocionante ver um animal tão grande e bonito. Quando a gente viu ele encalhado na areia, a primeira reação foi tentar salvar. Ficamos muito felizes em conseguir salvá-lo com vida”, relatou Paulo.

Segundo ele, o boto media cerca de 1,80 metro e aparentava cansaço, com alguns arranhões pelo corpo. A ação demandou esforço físico dos dois homens, que precisaram segurar o animal pela cauda e barbatana para conduzi-lo à água profunda.

“Eu nunca tinha passado por isso. A gente sempre vai ao rio Javaés, vê os botos de longe. Mas nunca tão de perto. Fiquei emocionado. Ele é muito pesado, foi difícil, mas recompensador”, contou Paulo.

Cleidivan relatou que o animal ficou um pouco inquieto com a aproximação dos pescadores. “Ficamos até espantados com o jeitinho que ele olhava para a gente. Pela situação, acredito que ele não sobreviveria. Então a gente fez o que é certo”, declarou.

Como o boto demonstrava sinais de exaustão, os pescadores optaram por não perder tempo tentando acionar autoridades. “A situação era urgente. Não dava para correr atrás de um órgão competente. Decidimos agir rápido. Levamos ele para o fundo, aguardamos um pouco e depois soltamos. Ele saiu nadando tranquilamente”, explicou Cleidivan.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins