Condenação

Homem acusado de matar mulher com golpes de picareta é condenado a 22 anos de prisão

Homem acusado de matar mulher com golpes de picareta é condenado a 22 anos de prisão

Manoel Rodrigues Ferreira, de 40 anos, foi condenado pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Gurupi pela morte de Paula Rejane Rodrigues de Sousa.  Segundo o processo, o crime ocorreu em 3/4/2024, em uma residência abandonada no Setor Nova Fronteira, em Gurupi, por uma suposta dívida de drogas. 

No julgamento, os jurados e juradas reconheceram Manoel como autor dos golpes de picareta que causaram a morte de Paula Rejane. Também decidiram que o crime teve três qualificadoras.  

A primeira, em razão de desentendimento por dívida de drogas e devolução de um celular (motivo torpe). A segunda, ter sido praticada por meio cruel, com reiterados golpes na cabeça da vítima. A terceira, cometido com recurso que dificultou a defesa da mulher, que tinha porte físico pequeno em comparação ao réu.

Publicada após o Tribunal do Júri, realizado na sexta-feira (7/2), a sentença do juiz Jossaner Nery Nogueira Luna, da Vara Especializada no Combate à Violência Contra a Mulher e Crimes Dolosos Contra a Vida de Gurupi, fixa a pena final em 22 anos de prisão em regime fechado.

Na sentença, o juiz considera desfavoráveis duas circunstâncias judiciais. Uma é a culpabilidade do réu, relacionada à brutalidade do crime. Segundo o juiz, a vítima foi atingida por diversos golpes na cabeça e pescoço enquanto dormia. O juiz também considerou desfavoráveis os antecedentes criminais de Manoel Fereira, que possui condenações transitadas em julgado.

Jossaner Nery Nogueira Luna também fixou o regime fechado para o início do cumprimento da pena e manteve a prisão preventiva, decretada desde o início do processo. 

Defesa já recorreu 

A defesa do réu recorreu da decisão por meio de uma Apelação. O juiz recebeu o recurso, nesta segunda-feira (10/2), sem efeito suspensivo da sentença, e abriu prazo para a defesa do réu se manifestar.  Após a manifestação da defesa, o Ministério Público também será intimado para apresentar contrarrazões e o caso será remetido para o Tribunal de Justiça.