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ESPECIAL GAZETA: Lista suja do trabalho escravo inclui carvoaria e fazendas no Tocantins

ESPECIAL GAZETA: Lista suja do trabalho escravo inclui carvoaria e fazendas no Tocantins

Maju Cotrim

O governo atualizou a lista suja do trabalho escravo que inclui empregadores envolvidos com a prática criminosa no país.

De janeiro a setembro deste ano, 1.015 pessoas foram resgatadas em situação de trabalho análogo ao de escravo.

Os números desse ano superam o total de 2020, com 936 pessoas resgatadas, e se aproxima do registrado em 2019, 1.131 casos. Em 2021, foram realizadas 234 ações fiscais, ou seja, 234 estabelecimentos foram fiscalizados em ações voltadas para a erradicação do trabalho análogo ao escravo, sendo que 102 foram autuados.

Minas Gerais foi o estado com mais ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão no país até o momento, com 54 empregadores fiscalizados e com o maior número de trabalhadoras e trabalhadores resgatados (420). Em segundo e terceiro aparecem os estados de São Paulo (135) e Goiás (102), respectivamente. Entre os municípios brasileiros, João Pinheiro, em Minas Gerais, registrou a maior quantidade de autos de infração, 74; seguido pela capital baiana, Salvador, com 60 casos.

Desde 1995, são mais de 56 mil trabalhadores e trabalhadoras resgatadas dessa condição e mais de R$ 116 milhões recebidos em verbas salariais e rescisórias durante as operações.

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No Estado três empregadores estão na lista suja.

Veja os que estão na lista no Estado:

D. M. de Freitas – Carvoaria com nove trabalhadores resgatados na Fazenda São Sebastião, em Santa Rita do Tocantins

Emival Ramos Caiado Filho- Fazenda Santa Mônica, Zona Rural, Natividade/TO com 26 trabalhadores resgatados

José Rosa Júnior- Fazenda Macedônia I, TO-430, Bernardo Sayão/TO- ocorrência envolvendo quatro trabalhadores

Veja aqui todos os 79 nomes que estão na lista.

A lista foi criada pelo extinto Ministério do Trabalho e ficou suspensa por três anos até o Supremo Tribunal Federal reafirmar a constitucionalidade da publicação. Hoje, ela é considerada uma referência no combate a esse crime pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Especialistas já haviam alertado desde ano passado que a falta de fiscalização e o acirramento das desigualdades poderiam tornar as pessoas mais suscetíveis ao aliciamento por parte de empregadores.

O cadastro de empregadores responsabilizados por mão de obra análoga à de escravo, conhecido como “lista suja”, existe desde novembro de 2003 e é atualizado a cada seis meses pelo Ministério da Economia.

Brener Nunes

Subeditor

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins