Tocantins

EXCLUSIVO! 3º pedido de impeachment contra Carlesse é protocolado e deve ser aceito nesta terça na AL

Assembleia Legislativa do Tocantins - Foto - Divulgação
Assembleia Legislativa do Tocantins - Foto - Divulgação

Maju Cotrim – Editora Chefe

A Gazeta do Cerrado apurou em primeira mão que um terceiro pedido de impeachment contra o governador afastado Mauro Carlesse foi protocolado ainda na última sexta-feira na Assembleia.

O pedido foi protocolado pelo advogado Evandro de Araújo de Melo Júnior. Ele já foi encaminhado para análise do presidente da AL, Antônio Andrade, que encaminhará para a Procuradoria da Casa. A Assembleia confirmou que recebeu o pedido porém o protocolou diz não ter muitas informações sobre a fundamentação do pedido.

A Gazeta continua apurando os detalhes e vai informar a base de argumentação apresentada pelo advogado.

Conforme a Gazeta apurou, este é o pedido que tem grandes chances de ser aceito pelo presidente da Casa, Antonio Andrade para iniciar a tramitação na Casa. Deputados contaram á Gazeta que já é dado como certo que este pedido seja aceito.

Maioria dos deputados já teria se manifestado favorável á análise e tramitação do processo de impeachment.

Pedidos

Até a última sexta havia dois pedidos de impeachment contra o governador afastado Mauro Carlesse (PSL) protocolados na Assembleia Legislativa do Tocantins. O primeiro é do sindicalista Cleiton Pinheiro, com data de protocolo no dia 9 de novembro e o segundo, do deputado Júnior Geo (PROS) no dia 24 de novembro.

O que alega cada um?

pedido do deputado Geo possui apenas 9 páginas e aponta como crimes de responsabilidade, a partir dos fatos revelados nas operações Hygea e Èris, da Polícia Federal:

a) a violação aos direitos e garantias sociais dos cidadãos do Tocantins ao gerar situação de penúria dos serviços públicos;

b) administração temerária do Estado por não observância da conservação do patrimônio estadual;

c) incompatibilidade com a dignidade, a honra e o decoro na administração.

Geo cita a Lei do Impeachment e a Constituição estadual (artigo 41), mas não o Regimento Interno da Casa como base legal para processar seu pedido, que requer o recebimento e decisão pela procedência da denúncia para afastar Carlesse até a decisão final. No final, o deputado quer a decretação da perda do cargo.

A representação de Pinheiro é mais extensa, 75 páginas, cita como fundamento a Constituição, também o artigo 41 que trata os crimes de responsabilidade e recorre ao regimento interno, em seu artigo 213 que descreve o rito para este processo.

Ambos, porém se baseiam nos fatos revelados pela operação Hygea e Éris, da Polícia Federal, em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A representação de Pinheiro contém dezenas de páginas sobre a situação fiscal e financeira do Tocantins, dívidas com servidores e medidas administrativas apontadas como entraves à carreira pública para pedir, ao final, o cumprimento do rito do impeachment conforme o regimento da Casa.

(Em instantes mais informações)

Brener Nunes

Subeditor

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins