Denúncia protocolada

Amastha entrega denúncia no MPF sobre suspeitas de irregularidades no transporte escolar de Palmas com verbas federais na gestão passada

Amastha entrega denúncia no MPF sobre suspeitas de irregularidades no transporte escolar de Palmas com verbas federais na gestão passada

“É inadmissível que verbas federais destinadas à educação, que deveriam garantir segurança e dignidade no transporte de nossas crianças, tenham sido aplicadas pela ex-gestora Cinthia Ribeiro de forma irresponsável, com ônibus velhos, sem manutenção e contratos firmados às pressas, à margem da legalidade”, defendeu o vereador Carlos Amastha durante reunião com o procurador-chefe do Ministério Público Federal no estado, Álvaro Lotufo Manzano, na tarde desta quinta-feira (8), na sede da Procuradoria da República no Tocantins.

“Viemos ao MPF porque há recursos da União envolvidos, e reconhecemos a seriedade da instituição ao proteger o que é do povo”, destacou Amastha após a entrega da documentação ao procurador-chefe.

Amastha reforçou seu compromisso com a fiscalização dos recursos públicos e afirmou que seguirá acompanhando os desdobramentos do caso. “Já fizemos denúncia junto ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público estadual. Vamos seguir nos reunindo com os demais órgãos de controle federal, pois não vamos nos calar diante desse crime contra milhares de famílias palmenses”, afirmou.

Denúncia

A denúncia, que foi protocolada com todos os documentos técnicos e pareceres de órgãos de controle, aponta graves irregularidades na execução do transporte escolar no município de Palmas. Baseia-se também em documentos e auditorias do Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO) e revela o uso indevido de recursos federais oriundos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).

Durante o encontro, Amastha apresentou dados que demonstram a revogação injustificada de um pregão eletrônico no valor de R$ 35,2 milhões e a posterior adoção de contratações emergenciais irregulares, sem concorrência pública, com veículos em condições precárias.

Laudos técnicos do DETRAN-TO também apontam que 95% da frota contratada foi reprovada em inspeções, e auditorias do TCE identificaram prejuízo superior a R$ 6 milhões ao erário municipal, com indícios de sobrepreço, descumprimento contratual e uso de veículos com mais de 12 anos de fabricação, quando o contrato exigia idade máxima de sete anos.