
O povo das águas é protagonista do material brasileiro para o Fórum Mundial das Águas.
Por Marco Aurélio Jacob
Em uma demonstração vibrante de criatividade, inovação e sensibilidade social, o Circulus – Instituto de Economia Criativa (@institutocirculus) está em pré produção do projeto Águas Brasileiras, e a convite do Museu da Água da Universidade Federal do Tocantins (UFT) para o Fórum Mundial da Água de 2024 foi até a Ilha do Bananal para, junto do Povo Iny Javaé gravar esse material especial para o museu da água: “Javaé – O povo das águas”.
A iniciativa reafirma a missão do Instituto de fomentar o desenvolvimento econômico através de práticas sustentáveis, inclusivas e culturalmente enriquecedoras. Para o diretor do material, o documentarista Marco Aurélio Jacob, co-fundador do Instituto Circulus: “Estar em contato com um povo que tem as águas como elemento da própria origem é fantástico, os Iny, além de se relacionarem com ás águas como os não indígenas se relacionam com as estruturas urbanas e suas divisões territoriais, foi um grande aprendizado sobre a correlação de interdependência entre os seres humanos e as águas.
O material é um verdadeiro manifesto do poder transformador da economia criativa e da conscientização ambiental. Combinando imagens de alta qualidade (disponíveis em 4K), narrativas sensíveis sobre os povos indígenas e originários do Brasil, como o povo Iny da Ilha do Bananal, e uma reflexão urgente sobre a relação entre água e vida, o Circulus mostra como é possível alinhar expressão cultural com responsabilidade socioambiental.
Jacob complementa: “Esses povos dos rios brasileiros, mostram o quanto a água foi e tem importância para a sobrevivência humana ao longo do desenvolvimento da humanidade. Pois toda a vida humana se desenvolve ao longo e em conjunto com os recursos hídricos disponíveis, e saber sobre ele, e saber preservá-lo, é garantir a própria preservação.”
Povo Javaé – Povo Iny Mahãdu
Os Javaé, que se autodenominam Itya Mahãdu, são um povo indígena de língua Karajá (cerca de 1.500 pessoas em 2020) que habita tradicionalmente o vale do rio Araguaia, especialmente a porção leste da Ilha do Bananal (TO) – a maior ilha fluvial do mundo – uma região repleta de rios, lagos, savanas inundáveis e matas ciliares.
A relação desse povo com o meio ambiente é profunda: suas aldeias e atividades de subsistência se adaptam ao ciclo anual de cheias e secas do Araguaia, com aldeias principais construídas em áreas altas durante a estação chuvosa e acampamentos de pesca estabelecidos nas praias dos rios durante a seca.
A pesca sempre foi central na cultura Javaé, sendo a principal fonte alimentar – eles são exímios pescadores, conhecedores dos ecossistemas aquáticos, e dependem de peixes e tartarugas abundantes em seus rios e lagos. Diante dessa íntima dependência dos recursos hídricos, a preservação e o monitoramento das águas em seu território são fundamentais.
Nesse contexto, iniciativas como o Projeto Águas Brasileiras – que busca melhorar a quantidade e a qualidade da água disponível – têm especial relevância para os Javaé, apoiando a proteção de suas fontes de água e a continuidade de seu modo de vida tradicional.
Fórum Mundial da Água
O Fórum Mundial da Água (World Water Forum) é considerado o maior evento global dedicado às questões hídricas, realizado a cada três anos desde 1997, com a missão de propor e implementar soluções para os desafios relacionados à água. Organizado pelo Conselho Mundial da Água em parceria com diferentes países-sede, o Fórum oferece uma plataforma única na qual a comunidade internacional da água e os principais tomadores de decisão podem colaborar e fazer avanços de longo prazo nos desafios hídricos globais. A iniciativa eleva a importância da água na pauta política internacional e busca gerar compromissos concretos para aprimorar a gestão sustentável desse recurso.
Ao longo dos anos, o número de participantes cresceu de algumas centenas para dezenas de milhares, abrangendo representantes de mais de 170 países, o que evidencia sua ampla relevância mundialworldwatercouncil.org. Reunindo chefes de Estado, líderes governamentais, especialistas, organizações multilaterais, sociedade civil e setor privado, cada edição promove a troca de conhecimentos, o compartilhamento de experiências e a busca por soluções inovadoras em prol da gestão eficiente da águaasdasa
Museu da Água da UFT
O Museu das Águas Brasileiras, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), é um ambiente digital interativo focado no aprendizado e na conservação da água palmas.uft.edu.br. Criado em 2023 como museu virtual, tornou-se o primeiro museu brasileiro a integrar a Rede Internacional de Museus da Água (WAMU-NET) da UNESCO.
Sua missão é apoiar a educação ambiental sobre a água e transformar percepções, atitudes e comportamentos equivocados em relação ao tema, por meio de programas educativos que enfatizam a urgência de uma nova relação da sociedade com os recursos hídricos.
O Museu aproxima o público das questões hídricas como elemento vital não apenas do ponto de vista biológico, mas também cultural e social, tratando a água como herança dos ancestrais e patrimônio para as futuras gerações.
Para cumprir esse papel, desenvolve diversas atividades educativas e culturais, como exposições virtuais, ferramentas interativas e eventos de sensibilização que unem ciência, arte e comunidade. Entre as ações de destaque estão o “Mês da Água”, com exposições digitais e mesas-redondas sobre temas como escassez hídrica, preservação ambiental e engajamento comunitário historia.uft.edu.br, além do fórum participativo “Mãos que Cuidam das Águas” voltado à elaboração de planos de ação coletiva com a participação de jovens e mulheres.
O MAB/UFT também integra iniciativas internacionais, apoiando, por exemplo, o concurso global “A Água que Queremos” (The Water We Want), que premia trabalhos artísticos de estudantes sobre a temática da água. Por meio de todas essas ações, o Museu consolida-se como um importante instrumento de educação ambiental e valorização dos recursos hídricos, despertando a consciência para a conservação da água e incentivando práticas sustentáveis de gestão hídrica com impactos de longo prazo nas comunidades.
Águas Brasileiras
O projeto Águas Brasileiras está sendo desenvolvido para o monitoramento e qualidade das águas dos territórios indígenas brasileiros, começando pela qualidade das águas dos territórios dos povos do Tocantins. A realização é do Circulus – Instituto de Economia Criativa (@institutocirculus), com produção da RAKA Comunicações (@rakacomunicacoes) e apoio cultural do Portal Gazeta do Cerrado (@gazetadocerrado).
O projeto reuni pesquisadores, comunicadores, líderes comunitários e especialistas em meio ambiente em uma criação colaborativa que emociona e inspira.
Para além da excelência técnica, o Circulus demonstrou um compromisso genuíno com a democratização do conhecimento e da cultura, tornando o conteúdo acessível ao grande público. A obra pode ser assistida gratuitamente no YouTube e também no Instagram, ampliando seu alcance e seu impacto.
Assista em 4K aqui: https://www.youtube.com/watch?si=UKlU4Y6Tan9SIiKO&v=5QVeHHewWZ0&feature=youtu.be
Instagram: https://www.instagram.com/reel/C5vkeBEunZN/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
Contato para mais informações:
• WhatsApp: (63) 98115-9796
• E-mails: [email protected] | [email protected]
Com Águas Brasileiras, o Circulus reafirma sua posição como referência nacional para a economia criativa, mostrando que a arte, a cultura e a consciência ambiental são motores essenciais para um futuro mais justo e sustentável.