Tocantins

Ex-governador e oito servidores da Polícia Civil viram réus por tráfico de drogas e organização criminosa

Ex-governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse
Governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, sancionou nesta quarta-feira, 25, a Lei nº 3.816, de 25 de agosto de 2021 que autoriza a concessão e demais espécies de parcerias público-privadas das Unidades de Conservação do Estado do Tocantins.


A 3ª Vara Criminal de Palmas aceitou a denúncia do Ministério Público do Tocantins contra o ex-governador Mauro Carlesse e outras oito pessoas, incluindo servidores da Polícia Civil. Os réus enfrentam acusações de organização criminosa, abuso de autoridade e tráfico de drogas.

Ex-governador Mauro Carlesse – Foto: Divulgação

Essas imputações resultaram no afastamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e subsequente renúncia do ex-governador em 11 de março de 2022. A renúncia foi protocolada na Assembleia Legislativa duas horas antes do segundo turno da votação no processo de impeachment que poderia levar à abertura de um Tribunal Misto para julgar Carlesse por crimes de responsabilidade.

O processo teve seu início no ano passado, inicialmente sendo enviado para a 4ª Vara Criminal de Palmas, que se declarou incompetente. Após um ano de idas e vindas entre Varas Criminais de Palmas e Gurupi, o Tribunal de Justiça determinou que a 3ª Vara Criminal seria responsável pelo julgamento do caso.

Saída do ex-governador Carlesse

A saída do ex-governador Carlesse do cargo foi motivada por diversas denúncias. Em fevereiro deste ano, ele e outras 14 pessoas tornaram-se réus em uma ação penal que investiga o suposto aparelhamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para obstruir e vazar informações sobre investigações contra o governo.

O esquema veio à tona durante a Operação Éris, realizada pela Polícia Federal em outubro de 2021. Parte do grupo denunciado nesse processo também é réu na ação penal da Operação Hygea, que apura corrupção e lavagem de dinheiro no plano de saúde dos servidores públicos.

O relatório da Operação Éris revelou a existência de uma central de espionagem na SSP, monitorando investigações e vazando informações. O grupo seria responsável por forjar acusações e flagrantes contra opositores de Carlesse.

A decisão da 3ª Vara Criminal de Palmas, publicada em 31 de janeiro, tornou os investigados réus, e o processo visa apurar os crimes de obstrução de investigações penais, falsidade ideológica e denunciação caluniosa contra funcionário público.

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Brener Nunes

Subeditor

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins