Tocantins

Família de paciente de 62 anos, vítima de AVC, doa órgãos que salvam vida de três pessoas que estavam na fila de transplantes

Família de paciente de 62 anos, vítima de AVC, doa órgãos que salvam vida de três pessoas que estavam na fila de transplantes

O Setembro Verde, de conscientização para a doação de múltiplos órgãos, vai terminar diferente para três pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Na sexta-feira, 22, foi realizada a sétima captação de múltiplos órgãos, em 2023, no Tocantins. A ação ocorreu no Hospital Geral de Palmas (HGP), graças à família de um paciente de 62 anos, vítima de AVC hemorrágico com diagnóstico de morte encefálica. Na ocasião, foram captados um fígado enviado a outro estado e duas córneas que permaneceram no Estado.

A ação de captação dos órgãos é realizada pelo trabalho conjunto da equipe da Central Estadual de Transplante do Tocantins (CETTO), da Organização de Procura de Órgãos, do Hospital Geral de Palmas (OPO), da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e do Banco de Olhos Público do Tocantins (Boto).

“Agradecemos a família pelo sim à doação e à vida. E neste mês, que chamamos o Setembro Verde, alusivo à doação de órgãos, aproveito para conscientizar a população sobre a necessidade e ressaltar a importância do sim à doação de órgãos e tecidos. Há muitas pessoas aguardando por transplantes no Brasil. É muito importante que as pessoas falem com seus familiares sobre o interesse em doar seus órgãos. Para que a doação aconteça, a família tem que dizer sim para a vida”, ressaltou a coordenadora da Central Estadual de Transplante do Tocantins, Suziane Crateús.

O HGP conta com uma equipe qualificada específica que atua no referido serviço. O processo de captação é realizado pela equipe externa que irá receber e transportar os órgãos.

Como funciona a doação?

Para que aconteça a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos. A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação não é possível. Neste tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores.