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Irmão de Michelle Bolsonaro ganha cargo de Irajá no Senado e gera repercussão

Os irmãos, Diego Torres Dourado e Michelle Bolsonaro - Foto: Divulgação
Os irmãos, Diego Torres Dourado e Michelle Bolsonaro - Foto: Divulgação


O irmão da primeira-dama Michelle Bolsonaro, Diego Torres Dourado, deixou o Ministério da Defesa e agora trabalha como assistente parlamentar na Primeira Secretaria do Senado, hoje comandada pelo senador Irajá (PSD-TO). A contratação foi feita no final de março, e o cargo comissionado tem salário de R$ 13.494,42, segundo o Portal da Transparência da Casa.

Descontando o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), de R$ 2.530,52, e a contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de R$ 751,99, sobra a Dourado uma remuneração líquida de R$ 10.211,91, de acordo com demonstrativo de maio. À parte, ele ainda recebe auxílio-alimentação no valor de R$ 982,28.

Até então, o cunhado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) trabalhava como assessor técnico no Ministério da Defesa, com salário de R$ 5.685,55 — valor mais de duas vezes menor do que o que recebe agora. Ele, que é soldado da FAB (Força Aérea Brasileira), estava na pasta desde 2015, tendo sido contratado para a Primeira-Secretaria do Senado em 31 de março deste ano.

As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles e confirmadas a partir dos dados disponíveis no site do Senado e no Portal da Transparência do governo federal.

Questionado pela reportagem sobre o que motivou a contratação de Dourado, Irajá — filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO) — citou “seu currículo”. “Diego Torres Dourado foi nomeado para auxiliar a nova gestão da Primeira-Secretaria com base em seu currículo. Entre 2007 e 2021, o servidor ocupou funções de relevância em assessoria administrativa e parlamentar no Estado-Maior da Aeronáutica e no Ministério da Defesa, tendo, portanto, experiência para exercer o atual cargo”, justificou em nota.

Cargos comissionados

Os cargos em comissão são de livre nomeação, cabendo a cada senador ou senadora decidir sobre a indicação dos servidores para o seu gabinete. Essa competência é exclusiva dos parlamentares titulares, não podendo ser delegada a terceiros.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos, ser brasileiros natos e estar quites com suas obrigações militares e eleitorais. Eles também não podem exercer outros cargos e funções em empresas ou entidades controladas pelo Poder Público, nem ter vínculo de parentesco com o parlamentar com quem vai trabalhar ou qualquer outro servidor que já ocupe cargo comissionado ou função de confiança no Senado.

A regra vale para parentes por consanguinidade — pai/mãe, filho (a) ou avô (ó), por
exemplo — e por afinidade, como sogro (a), enteado (a) e cunhado (a).

Fonte: UOL

Brener Nunes

Subeditor

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins