Frota e rotas inadequadas

TCE emite alerta à Prefeitura de Colinas e pede correções urgentes no transporte escolar

Segundo o Tribunal, as fragilidades constatadas comprometem seriamente tanto a integridade física dos alunos transportados quanto a eficiência operacional do serviço.

TCE emite alerta à Prefeitura de Colinas e pede correções urgentes no transporte escolar

O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) emitiu um alerta formal à Prefeitura de Colinas do Tocantins, na última sexta-feira, 25, apontando graves deficiências na gestão do transporte escolar municipal e exigindo medidas corretivas imediatas para garantir a segurança e a qualidade do serviço prestado aos estudantes da rede pública.

A notificação decorre do processo nº 2552/2025, em conformidade com a Resolução 1578/2024, e integra o ciclo de fiscalizações para o quadriênio 2025-2028. Segundo o Tribunal, as fragilidades constatadas comprometem seriamente tanto a integridade física dos alunos transportados quanto a eficiência operacional do serviço.

Entre os principais problemas apontados pelo TCE-TO estão:

  • Frota inadequada: Parte dos veículos destinados ao transporte escolar não passou pelas vistorias obrigatórias e apresenta más condições de funcionamento, elevando o risco de acidentes.
  • Motoristas sem qualificação adequada: Foi constatada a presença de motoristas sem habilitação compatível (categoria D) e sem certificação em curso especializado para condução de transporte escolar.
  • Rotas ineficientes: A ausência de planejamento de rotas adequadas tem causado atrasos, superlotação dos veículos e prejudicado o rendimento escolar dos estudantes.
  • Falta de manutenção e monitoramento: Não há um sistema de controle operacional eficiente, nem manutenção preventiva periódica da frota.
  • Déficit de transparência e fiscalização: A gestão municipal apresenta falhas no acompanhamento dos contratos de transporte e não dispõe de canais eficientes para recebimento de denúncias ou reclamações da população.
  • Inadequação à acessibilidade: O município não disponibiliza veículos adaptados para o atendimento de alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, violando princípios de inclusão.

Diante desse cenário, o TCE recomendou ao prefeito Josemar Carlos Casarin (União Brasil) a adoção imediata de uma série de medidas, entre elas:

  • Regularização da frota: Garantir que todos os veículos sejam devidamente vistoriados, respeitando as normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
  • Capacitação dos motoristas: Exigir que todos os condutores possuam habilitação na categoria D e curso específico de transporte escolar.
  • Replanejamento de rotas: Reestruturar os itinerários para minimizar atrasos, reduzir custos e evitar a superlotação dos veículos.
  • Implementação de sistema de monitoramento e manutenção: Instituir fiscalização contínua e plano de manutenção preventiva rigoroso para toda a frota.
  • Reforço da transparência e fiscalização: Melhorar o controle sobre os contratos firmados com prestadores de serviço e criar canais acessíveis para denúncias da comunidade.
  • Garantia de acessibilidade: Incluir veículos adaptados para garantir a inclusão e a segurança de alunos com deficiência.

O que diz a Prefeitura

A Gazeta não conseguiu contato com a Prefeitura de Colinas. O espaço está aberto para manifestação oficial.

Brener Nunes

Subeditor

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins