Polícia

Mesmo em avançado estado de decomposição, corpo de homem encontrado na Ilha do Bananal é identificado

Ossada foi recolhida pela Polícia Científica — Foto: Divulgação
Ossada foi recolhida pela Polícia Científica — Foto: Divulgação

Mesmo em avançado estado de decomposição, a Polícia Civil por meio do Instituto de Identificação do Tocantins conseguiu, em apenas dez dias, identificar o cadáver encontrado no último dia 28 de novembro, nas imediações da Ilha do Bananal. Para tanto, o Núcleo Especializado de Identificação Necropapiloscópica em parceria com o Núcleo de Especializado em Medicina Legal, realizou o exame necropapiloscópico, restaurando a digital da vítima.

“Por meios menos custosos e mais rápidos, cadáveres estão sendo identificados e entregues aos seus entes queridos com maior agilidade, minimizando o sofrimento das famílias. É nesse sentido que trabalhamos na qualificação dos nossos servidores e na estruturação dos núcleos, de forma a prestar um serviço de excelência ao cidadão tocantinense”, destaca o secretário de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), Wlademir Costa.

Tanto o Instituto de Identificação quanto o Núcleo de Especializado em Medicina Legal são órgãos vinculados à Superintendência de Polícia Científica da SSP-TO. “Apesar do momento de dor e sofrimento dos parentes, a identificação dos corpos ignorados ou não identificados é de fundamental importância para assegurar os direitos da família em confirmar a morte de um ente querido, além de garantir os desdobramentos jurídicos legais com relação aos direitos dos familiares”, complementa a superintendente de Polícia Científica, Aldênis Cavalcante.

O diretor do Núcleo de Especializado em Medicina Legal, Eduardo Godinho, destaca o trabalho realizado pela papiloscopia. “Há que se elogiar muito, o trabalho feito pela papiloscopia que conseguiu restaurar a digital desse cadáver já esqueletizado. Isso mostra não só a competência dos nossos profissionais, mas o quanto temos condições de realizar procedimentos em pé de igualdade com laboratórios de grandes centros do país”, destaca

A Diretora do Instituto de Identificação, Naídes Cesar Silva, destaca a importância das parcerias firmadas entre as forças de segurança e o IML em colaboração com os papiloscopistas no auxílio e busca por respostas. “Mesmo em situações como esta, em que o cadáver se encontra totalmente esqueletizado é possível realizar a sua identificação pelo método papiloscópico, ou seja, através das impressões digitais, isso denota o caráter técnico-científico do trabalho realizado”, destaca.

O próximo passo é organizar a documentação e liberar os restos mortais para que a família proceda ao enterro e às homenagens póstumas. O laudo, assim como toda documentação pertinente, será encaminhado à 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia e anexado ao inquérito policial em andamento.

Entenda

Conforme o Boletim de Ocorrência registrado na 12ª Central de Flagrantes de Gurupi, o corpo foi encontrado em um local de difícil acesso, na Aldeia Wajukabu, na Ilha do Bananal, em Formoso do Araguaia.

A ossada foi levada inicialmente para o 7º Núcleo Regional de Medicina Legal de Gurupi, mas devido a necessidade de exames mais complexos foi enviada para o Núcleo Especializado de Medicina Legal de Palmas.

Na ocasião, um familiar se apresentou e foi feita a coleta de material genético para realizar o exame de DNA. Material este que também foi enviado para Palmas, no entanto, não será mais necessário realizar o referido exame, visto que com o cadáver havia um documento de identificação e o exame feito pela papiloscopia mostrou se tratar da mesma pessoa.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins