Coletivo SOMOS e Janad Valcari - Foto: Divulgação
Coletivo SOMOS e Janad Valcari - Foto: Divulgação

No início desta semana, o SOMOS entrou com um pedido de mandado de segurança a fim de garantir sua convocação na vaga de Brasão.

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

A queda de braço entre a presidente da Câmara Municipal de Palmas, vereadora Janad Valcari (Podemos) e o Coletivo Somos (PSB), encabeçada por Alexandre Peara, Thamires Lima e Augusto Brito continua. O grupo tenta pela segunda vez assumir a vaga do vereador licenciado Júnior Brasão (PSB).

No início desta semana, o SOMOS entrou com um pedido de mandado de segurança a fim de garantir sua convocação na vaga de Brasão. Porém, em despacho proferido nessa quinta-feira, 09, o o juiz José Maria de Lima  afirma não ser possível atender ao pedido, pois não existe ato a ser combatido no caso.

O juiz afirma no despacho que o Coletivo não cobra a análise do pedido de convocação no prazo estabelecido em Lei, mas sim que o Poder Judiciário “substitua a atuação da presidente da Câmara”. “Ora, o mandado de segurança é remédio constitucional para combater ato coator, não sendo ferramenta jurídica para atuação do Poder Judiciário em substituição à agentes públicos ou políticos”.

Desta forma, o Somos foi intimado a fazer uma emenda à petição inicial protocolada, sob pena da extinção do processo. “Inexistindo ato a ser combatido por omissão da autoridade impetrada, torna-se inviável a atuação deste magistrado para determinar a convocação do impetrante [Somos] para o exercício de mandato, cabendo a mim, na hipótese dos autos, apenas analisar a omissão sustentada para então determinar que a presidente da Câmara aja em cumprimento da Lei”.

O que diz Janad

A Gazeta conversou com a presidente da Câmara na manhã desta sexta-feira, 10, que afirmou que a convocação do suplente se dá por licença para tratamento de saúde quando o afastamento for superior a 120 dias. O vereador tirou uma licença de 140 dias, mas por motivos pessoais, o que acaba impedindo o SOMOS de tomar posse. “Não consta no regimento posse por suplente por motivo pessoal, que é uma coisa que estamos querendo mudar isso no regimento. Já foi feita a comissão de estudos, e parlamentares também já foram até Brasília para uma Oficina de Marcos Jurídicos promovida pelo Instituto Legislativo Brasileiro (Interlegis), do Senado Federal”, disse Janad.

“Dependendo do caso, é possível o vereador afastado por mais de 121 dias até perder o mandato. Quando o Lúcio Campelo afastou para o Amarildo entrar, o mesmo voltou imediato para não perdê-lo”, complementou.

A vereadora ainda destaca o SOMOS é o segundo suplente, não o primeiro, que é Epitáfio Brandão (PSB).

O que diz o Coletivo

O integrante do SOMOS, Alexandre Peara afirmou que o coletivo entrará com um pedido de reconsideração. “No documento explicamos que protocolizamos o pedido para a presidência da Câmara de Palmas nos dar a posse como suplente devido a licença do Ver. Junior Brasão e a impossibilidade do 1º suplente, Epitacio Brandão, assumir. O juiz não deu uma decisão sobre o mandado de segurança, ele apenas fez um despacho pedindo que nós justássemos a negativa da Câmara de Palmas de nos dar a posse. O problema é que a presidente Janad Valcari não nos dá a posse e nem nega formalmente isso, agindo de forma protelatória e abusiva, não cumprindo seu papel institucional na Casa.

Sobre o primeiro suplente, Alexandre esclarece que Epitáfio protocolou pedido informando que não poderia assumir a vaga de Brandão. Assim, naturalmente, a vaga se tornaria do SOMOS. (Veja o documento protocolado por Epitáfio na Câmara).

O advogado do Coletivo, Leandro Manzano conta que já proferiu o despacho, entendendo inicialmente que a cabe ao Judiciário determinar à Presidente da Câmara a análise do pedido de convocação do suplente. “O jurídico já apresentou um pedido de reconsideração, argumentando que pelo simples fato da Presidente não ter convocado o suplente, isso no prazo de 24 hs, já incidiu violação ao direito líquido e certo na Assunção do mandato”, afirmou Manzano.

Nas redes sociais, o SOMOS afirmou que enquanto houver possibilidades continuará lutando.

Brener Nunes

Subeditor

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Subeditor da Gazeta do Cerrado Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Trocando em Miúdos

Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!

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