Juliana Marins, de 26 anos, conhecida por sua alma aventureira e espírito livre, esteve no Tocantins em agosto de 2024, onde visitou o Parque Estadual do Jalapão. Em seu perfil no Instagram, a jovem registrou com entusiasmo momentos vividos nas paisagens deslumbrantes da região, destacando sua paixão por conhecer lugares únicos e se conectar com a natureza. Na época, Juliana celebrou a força da cultura local e se emocionou com as belezas naturais do cerrado tocantinense.
Infelizmente, essa trajetória foi interrompida de forma trágica no último sábado, 21, quando Juliana caiu em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na Ilha de Lombok, na Indonésia. Após quatro dias de buscas intensas, o corpo da brasileira foi encontrado nesta terça-feira, 24, segundo informações divulgadas pela família.
Aventura que virou pesadelo
Juliana integrava um grupo de sete turistas acompanhados por dois guias. Segundo relatos, ela se afastou do grupo após sentir-se cansada. A família denuncia que ela foi deixada sozinha por mais de uma hora na trilha. Desorientada e sem saber que direção seguir, Juliana teria caído cerca de 650 metros penhasco abaixo. Um drone chegou a localizá-la com vida no dia seguinte, mas os socorristas só conseguiram alcançar o local nesta terça-feira, quando confirmaram o óbito.
Perfil de uma viajante
Natural de Niterói (RJ), formada em Publicidade pela UFRJ e dançarina de pole dance, Juliana estava realizando um mochilão pela Ásia desde fevereiro. Antes da Indonésia, já havia passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia. Seus registros nas redes sociais mostravam uma mulher alegre, forte e apaixonada por trilhas, paisagens desafiadoras e encontros culturais.
Memória viva no Tocantins
Para quem a conheceu durante a passagem pelo Jalapão, Juliana deixou mais que fotografias: deixou inspiração. Visitantes que estavam no parque na mesma época lembram da jovem como uma “energia contagiante”, sempre disposta a conversar, trocar experiências e admirar o cerrado com olhos curiosos. Ela exaltou o Jalapão como um “refúgio de beleza crua”, nas palavras que compartilhou em seus stories.
Campanha por justiça
A família segue cobrando explicações sobre a conduta dos guias que acompanhavam o grupo. Em entrevista ao Fantástico, a irmã de Juliana revelou que ela foi deixada sozinha e desorientada, o que pode ter contribuído decisivamente para a tragédia. O caso gerou comoção nacional e acendeu o debate sobre segurança e responsabilidade em roteiros de aventura.